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quinta-feira, 17 de março de 2011

17/03 - Peixes grandes a espreita no mercado de compra coletiva!

O mercado da compra coletiva cresceu muito rapidamente e passou a despertar a atenção dos gigantes da Internet. O que está em jogo não é apenas o lucro que pode ser obtido pelos sites de compra coletiva, mas também o acesso estratégico a um grande universo de consumidores e de comerciantes. A oferta de 6 bilhões de dólares pelo Groupon realizada pelo Google  foi um claríssimo indicador desse interesse e o fato daquela proposta específica não ter sido aceita deixa o mercado na expectativa por novos lances de impacto que com certeza ocorrerão. Vamos ver algumas das empresas que podem causar um maremoto caso decidam entrar pra valer no mercado de compra coletiva.

Twitter. O Twitter é uma popular rede social criada em 2006 por Jack Dorsey. Com sede em San Franciso Ca, valor da empresa é estimado em algo ao redor de 10 bilhões de dólares. Estima-se que o microblog abrigue cerca de 170 milhões de contas. Além dessa enorme massa critica de valor inestimável, a própria ferramenta do twitter já representa um trunfo numa eventual entrada no setor de compra coletiva, afinal os posts são uma forma extremamente ágil de se acessar o público e também de repercutir uma oferta. Recentemente o Twitter inaugurou uma conta chamada Earlybirdy Offers, em bom português pássaro madrugador, um nome utilizado na publicidade americana para consumidores que adquirem seus produtos com desconto por comprarem antecipadamente. Essa conta que neste exato momento totaliza cerca de 226 mil seguidores tem divulgado as mais diversas ofertas com descontos ao redor de 25% e talvez seja uma plataforma de testes para uma futura entrada no mercado da compra coletiva. Não se pode afirmar baseado somente nessas ações que o Twitter vá atuar no mercado da compra coletiva disputando espaço com os grandes líderes, porém é fato que existe a intenção de monetizar o site de forma mais enfática e o novo mercado de compra coletiva pode ser o caminho mais curto.

Google. O Google já engoliu inúmeras companhias de pequeno e grande porte ao longo de sua trajetória de pouco mais de uma década.  Para todos que nos assustamos com a cifra de 6 bilhões de dólares colocada na mesa para a tentativa de aquisição do Groupon, é bom lembrar o Google fechou o ano de 2010 com nada menos do que  34 bilhões de dólares em caixa, ou seja, a digestão do maior player do mercado de compra coletiva consumiria pouco mais do que 17% do caixa atual da empresa. Sem dúvida alguma é uma das empresas mais conhecidas e poderosas do planeta, além de valer na bolsa a bagatela de 164 bilhões de dólares. Com todo esse cacife financeiro e mais o poder advindo de cerca de 350 milhões de visitantes únicos por mês em seu site, não é toa que a empresa torna-se uma sombra assustadora em qualquer direção que apontar o seu dedo verde e a oferta não deixou dúvidas com relação a direção desejada.  O interesse na compra coletiva faz sentido na medida em que o Google já possui praticamente tudo que é necessário para fazer sucesso também nessa lucrativa arena: dinheiro, tecnologia, credibilidade e, principalmente, acesso direto aos consumidores por meio da busca e acesso aos comerciantes por meio da plataforma Adwords. É claro que comprar o maior player e líder mundial do setor facilitaria as coisas, mas não existe um só caminho para Roma, ou para o topo. O Google pode montar uma plataforma de compra coletiva que incorpore os melhores padrões existentes e ainda apresente melhorias, usar todo o arsenal citado acima para acelerar o processo de crescimento, além de comprar algumas empresas de porte um pouco menor e incorporá-las em seu modelo. A questão de dias o Google lançou a plataforma Google offers, por enquanto em fase embrionária, mas alguns analistas estão sinalizando que o sistema não vai se limitar ao modelo tradicional dos sites de compra coletiva que temos visto. Entre outros recursos, deverá utilizar o Google Maps para auxiliar o consumidor na busca pela oferta mais interessante melhorando assim a eficiência das campanhas. Com certeza teremos boas novidades no setor.

Facebook. O Facebook é a maior rede social do planeta com cerca de 300 milhões de usuários cadastrados. Além do gigantismo da empresa o temor de sua entrada no mercado é baseado nos seguintes fatos. 1. a empresa costuma adaptar utilitários que fazem sucesso na Internet para utilização nas páginas do facebook, as vezes comprando a empresa criadora, as vezes simplesmente adaptando a idéia; 2. o facebook é provavelmente a principal rede social  em termos de divulgação de ofertas de compra coletiva, portanto todo esse potencial de divulgação seria aproveitado caso tivesse uma solução interna de compra coletiva; 3. uma quantidade cada vez maior de comerciantes tem páginas no facebook e são os clientes potenciais do sistema, da mesma maneira que os milhões de usuários que freqüentam as páginas podem ser os consumidores das ofertas. Em suma, como se dizia antigamente, o facebook tem a faca e o queijo na mão para entrar com determinação no novo mercado da compra coletiva. O que parece improvável é que ela assista ao fantástico crescimento do setor e não tire nenhum proveito disso.
Vimos três possíveis grandes players com um possível interesse no mercado de compra coletiva. Não são os únicos, mas pelas suas características são aqueles que podem causar mudanças importantes no mercado, ocupar espaços dos líderes atuais e definir novos padrões de funcionamento para todos os players.  Quem viver verá.

Fonte: Dailton Felipini / www.e-commerce.org.br

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