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quinta-feira, 21 de agosto de 2008

21/08 - Toalhas produzidas de forma ecológica e robôs que "enxergam".

Empresas de Santa Catarina se destacam pelo desenvolvimento de produtos pioneiros em parceria com o Senai com redução de custos e melhorias no processo produtivo.
A inovação é hoje um pré-requisito para a competitividade das empresas, mas precisa ser conduzida de maneira eficiente para que proporcione bons resultados. O Estado de Santa Catarina possui dois exemplos que mostram como isso é possível.

O primeiro deles vem de uma empresa tradicional no mercado, a Buettner S.A., que colocará no mercado em 2008 toalhas com 100% do processamento do algodão de forma orgânica. A segunda iniciativa começa a dotar de "visão" robôs utilizados para controle de qualidade de produtos, e é desenvolvida pela Pollux, pioneira na América Latina na indústria de sistemas de visão. As duas trabalham em parceria com o Senai de
Santa Catarina, apoiadas pelo Departamento Nacional do Senai.

"Esse trabalho conjunto proporciona inúmeros benefícios para as empresas do estado, como abertura de novos mercados, redução de custos, melhorias no processo produtivo e desenvolvimento de novos produtos. O resultado é o aumento da competitividade", afirma Claudia Romani, do Núcleo Tecnologia do Senai/SC.

O supervisor de Engenharia de Produtos e coordenador do Comitê de Inovação da Buettner S.A., Edvânio Duarte, informa que a empresa irá apresentar ao mercado uma toalha totalmente natural, do plantio do algodão ao acabamento. "Só utilizamos água e produtos naturais", diz. A fabricação de toalhas sem produtos químicos traz vantagens para a empresa, como a redução no consumo de água, vapor e energia elétrica durante a produção. Além disso, possibilita a abertura de novos mercados, especialmente na Europa, onde a preocupação ambiental é crescente.

Com sede em Brusque, a empresa produz 450 toneladas de toalhas/mês, sendo 30% para o mercado externo. A toalha natural terá uma produção inicial de cinco toneladas/ ano. "O volume não é maior porque dependemos da colheita da fibra orgânica produzida na Paraíba, mas será todo direcionado para um público específico, das classes A e B", acrescenta.

Outra empresa parceira do Senai é a Pollux, de Joinville, que começa a testar um produto inovador na área de sistemas de visão para máquinas industriais. O presidente da companhia, José Rizzo Hahn Filho, explica que sua equipe está desenvolvendo um sistema que dará "visão" a robôs utilizados para controle da qualidade de produtos em linhas de fabricação e embalagem, como falta de peças, tampas ou rótulos.

"Hoje, muitas empresas já utilizam esses robôs, mas eles são 'cegos', fixos e com trajetórias predefinidas. Isto é, fazem sempre o mesmo movimento", explica. Com o novo sistema, estarão ligados a câmeras que simulam a visão humana e serão móveis. Isso permitirá que o movimento dos equipamentos seja mais "natural" e adaptável a situações diferentes. O produto está em testes na Tupy, empresa catarinense que produz peças para o setor automotivo. "Outros cinco projetos estão em andamento", adianta o empresário.

Júlio Cesar Raycik, do Núcleo de Automação e Informática do Senai de Joinville, que participa do projeto, acrescenta que as principais vantagens geradas por essa tecnologia estão na redução de 50% do tempo de verificação de falhas de produção; redução de 10% dos custos de produção e otimização e prevenção de recalls. "Além disso, o equipamento proporciona inspeção de 100% da produção e preserva a atividade humana, exposta à fadiga e a erros neste tipo de operação", finaliza.


(Fonte: Boletim Tecnológico Senai Inovação III)

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