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domingo, 9 de maio de 2010

09/05 – Como as importações chinesas influenciaram decisões na Dudalina

No fim da década de 90 as importações de vestuário "made in China" sacudiram a Dudalina, fabricante de camisas masculinas. Na época, com 40% de sua produção voltada para fabricação terceirizada de camisas para marcas famosas, a empresa viu seus clientes trocarem os produtos da indústria catarinense pelos importados chineses, bem mais baratos. Com queda de 30% na produção e insegurança em relação ao futuro, a Dudalina chegou a importar roupas chinesas e comercializá-las com uma marca própria por meio de representantes.

"Durou um ano", conta Rui Hess, diretor de exportação e varejo da empresa, sobre a experiência. A competição com os chineses agravou um quadro difícil, que já contava com a alta informalidade do segmento. Surgiu o que pareceu a única solução: o reposicionamento da marca Dudalina.

De uma camisaria que surgiu na década de 60 quase ao acaso porque dona Adelina, mãe de Rui, resolveu dar destino a um lote de tecidos encalhados na loja de secos e molhados, a Dudalina atualmente comercializa três marcas que identificam não só camisas, mas todo tipo de peça do vestuário masculino adulto A e B, das meias ao terno e gravata.

A competição dos produtos chineses tem papel importante na mudança da empresa. "A estratégia é diferenciar nossos produtos em relação aos chineses por meio de maior valor agregado", diz Hess. O cumprimento da meta envolve desde desenvolvimento de roupas no rumo das tendências de moda internacionais, seleção de tecidos, com 38% importados da Europa, e investimento em marketing, que triplicou nos últimos cinco anos. Com o reposicionamento, o tíquete médio de venda das roupas da Dudalina passou de R$ 43,00 em 2005 para R$ 81,00 hoje.

A China foi o motor de uma mudança que se consolidou na última década e iniciou um processo sem fim. Com quatro fábricas espalhadas em Santa Catarina e Paraná, a Dudalina deve inaugurar, até o segundo semestre, seis pontos de venda em São Paulo, numa iniciativa que deixa clara a decisão de ir ao varejo com loja de marca própria. De novo, a China é uma das alavancas da estratégia. "Na loja multimarca, nosso produto continua se encontrando com o chinês e concorrendo com preços menores."

A preocupação com o produto chinês tem sua razão de ser. Nos últimos dez anos a importação de vestuário fabricado na China pulou de US$ 37,4 milhões para US$ 451, 4 milhões, de acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit). Nos produtos têxteis os desembarques oriundos da China saltaram de US$ 20,4 milhões em 1999 para US$ 917,4 milhões no ano passado. Em 2010, a perspectiva de crescimento mínimo de 5,5% do Produto Interno Bruto (PIB) combinada ao dólar desvalorizado deve manter em patamar elevado não somente as importações de têxteis e confecções como dos demais produtos.

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), em 2000, as importações da China eram de US$ 865,2 milhões. Oito anos depois, em 2008, atingiram US$ 20 bilhões. No ano passado, sob o efeito da crise, o desaquecimento do mercado interno fez cair para US$ 15,9 bilhões. Nos últimos dez anos, o número de empresas que importam produtos chineses saltou de 4.438 para 16.853.

A elevação de valores desembarcados trouxe uma mudança no perfil das importações. Na última década os produtos "made in China" atravessaram as portas das lojas de quinquilharias, chegaram aos cabides de roupas de grife e hoje dominam os mostruários de supermercados e lojas de varejo com eletroeletrônicos e eletroportáteis, muitas vezes com design atraente e funções modernas.

"Hoje os produtos que chegam da China têm maior valor agregado", diz José Augusto de Castro, vice-presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). Dados da Fundação Centro de Estudos de Comércio Exterior (Funcex) revelam elevação dos preços médios de produtos importados da China. O preço médio do total de produtos desembarcados do país asiático aumentou 31,8% na última década. O valor negociado dos bens de consumo não duráveis aumentou 61,2%. Os preços dos bens intermediários tiveram alta de 34,14%.

Ficou definitivamente para trás a China que vendia ao Brasil camisetas de algodão mal-acabadas. O país já fornece ao Brasil bens de capital. Há dez anos, as importações brasileiras de máquinas chinesas era de apenas US$ 188,2 milhões. No ano passado essas compras chegaram a US$ 3,7 bilhões. Os chineses também têm ganhado espaço no fornecimento de matérias-primas à indústria brasileira. A importação de intermediários chineses saltou de US$ 779 milhões em 2000 para US$ 9,5 bilhões no ano passado, tendo chegado a US$ 12,8 bilhões em 2008.

Em 2010, diz Castro, com o aumento de produção deve haver retomada das importações totais, inclusive da China. "Com o dólar baixo e a perspectiva de crescimento da economia, haverá substituição de insumos nacionais por importados."

A forte importação de insumos e matérias-primas da China tem contribuído para o déficit da balança comercial da indústria de transformação. Em 2008, a indústria teve o primeiro déficit , depois de sete anos seguidos de saldos positivos. No ano passado, o quadro se manteve, com déficit de US$ 16,4 bilhões, segundo dados do Mdic. No primeiro trimestre de 2010 o saldo negativo voltou a se ampliar, fechando o período com US$ 7,7 bilhões.

No ano passado, o déficit no período foi de 4,08 bilhões, o que significa crescimento de 89% .

O déficit, para muitos economistas, revela um problema estrutural do país e acende uma luz amarela para a próxima década. "Por enquanto essa questão ainda não causou tanta preocupação porque as exportações de commodities têm garantido tranquilidade às contas externas do país", diz Fábio Silveira, economista da RC Consultores.

Para 2020, porém, defende Silveira, o Brasil demanda a adoção imediata de políticas públicas e de iniciativas de investimentos do setor privado em áreas nas quais o país ainda pode reagir, como a indústria petroquímica, siderúrgica, têxtil, de calçados e de papel, por exemplo. "O setor de componentes eletrônicos é um bonde que o Brasil já perdeu", acredita.

Alguns economistas lembram que a evolução da corrente de comércio da China com o Brasil é resultado da globalização de mercados. Na verdade os produtos chineses desembarcaram em massa não só no Brasil como no resto do mundo. Enquanto as exportações globais triplicaram de 1998 a 2008, as vendas totais da China cresceram mais de sete vezes. Como resultado, as indústrias brasileiras enfrentam a China não só no mercado interno como no comércio internacional.

Levantamento do escritório brasileiro da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal) mostra que os produtos chineses têm levado vantagem na disputa. Entre 1995 e 2008, o ganho de mercado líquido do Brasil na competição com algumas mercadorias "made in China" em um total de 11 blocos regionais foi de US$ 13,6 bilhões. No mesmo período, a China teve ganho de US$ 512,5 bilhões.

Fonte: Valor online

Fica claro no artigo, que o produto Chinês tem cada vez mais valor agregado com preços ainda competitivos. Fiquemos atentos…

Uma boa semana a todos.

Sandro F. Voltolini

quinta-feira, 2 de abril de 2009

02/04 - News Vestuário e Têxtil

A "Audaces" – companhia brasileira, apresentará seu novo plotter vertical na feira IMB de maquinaria para confecção, que acontecerá entre 21 à 24 de abril em Colônia (Alemanha)
Além de seu formato vertical único, com 0,6 m de largura, 1 m de profundidade e 2,3 metros de altura, o Audaces Tower Jato tem várias opções de velocidade e várias larguras de impressão: 143 cm, 163 cm, 173 cm e 183 cm. Sua avançada tecnologia permite o uso de papel em cilindros de até 250 metros de comprimento, otimizando assim o processo de produção. Segundo Claudio Grando, diretor de Negócios para Audazes, “o Tower Jato é um plotter inteligente, que permite programar algumas impressões. Além disto, oferece maior produtividade e menores custos de manutenção”. Além de seu desenho moderno, inovador e compacto, o plotter utiliza tinta industrial a base de água, tem um sensor que detecta a alimentação do papel (cheio ou vazio), permite o uso de papel perfurado e conta com assistência técnica em mais de 30 países.


Vicunha apresenta segunda edição de projeto focado em lavagem
A Vicunha, maior indústria têxtil da América Latina, em parceria com fornecedores de produtos químicos, apresenta nesta semana os resultados da segunda fase do Projeto “Expanding the Washing Concept”, que visa auxiliar o mercado têxtil nos processos e efeitos especiais de lavanderia.
Para esta edição, por meio do site “Vipreview”, da Vicunha, será possível conferir trinta clicks que representam as tendências mais fortes para o verão 2010, além de alguns looks para o próximo inverno. “A idéia é tornar as informações disponíveis a um público maior, democratizando o acesso”, diz Renata Guarniero, gerente de Marketing Índigos e Brins da Vicunha Têxtil. Outra novidade desta edição fica por conta da colaboração de marcas Maria Bonita Jeans (MB Jeans), Redley, Sandpiper, Yatchsman e A.S.H, bem como da parceria com os estilistas Samuel Cirnansck e Thais Takase.
As alianças e parcerias estabelecidas pelo Projeto resultam em padrões de lavagem que facilitarão o trabalho de marcas e estilistas, na medida em que a qualidade do processo e o combate dos desperdícios em testes de lavanderia tornam-se ainda mais eficazes. A Vicunha espera, com esta ação, agregar valor ao processo produtivo da cadeia têxtil.

Para outras informações acesse o site www.vipreview.com.br/lavagens .

Tradicional evento têxtil em São Paulo projeta crescimento em função da feira Tecnotêxtil Brasil
Marcado por uma história de sucesso, o Congresso Nacional de Técnicos Têxteis da Associação Brasileira de Técnicos Têxteis (ABTT), chega em sua 23ª edição unindo tradição e grandes novidades. Para esta edição a cidade escolhida foi a capital do Estado de São Paulo. Destacado pela sua realização ininterrupta desde a fundação da ABTT, em 1962, o Congresso acontecerá de 14 a 17 de abril de 2009, concomitantemente com a feira Tecnotêxtil Brasil. Ambos os eventos estarão sediados no Expo Center Norte. Entre os principais temas do congresso estão questões envolvendo as fibras naturais e químicas, nanotecnologia, projeção da indústria para 2023, sustentabilidade, educação, moda e estilo, entre outros assuntos. A programação completa do XXIII CNTT estará disponível no site do evento, onde já estão apresentadas as conferências confirmadas e os participantes dos painéis. O endereço é o www.abtt.org.br/cntt.

Sinditêxtil-CE e SENAI lançam Centro de Tecnologia da Cadeia Têxtil e de Vestuário
O Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem em Geral do Estado do Ceará – Sinditêxtil – CE e o Serviço Nacional de Aprendizagem da Indústria - SENAI promovem no dia 2 de abril, às 8h30, no SENAI da Parangaba, o lançamento da Pedra Fundamental do Centro de Tecnologia da Cadeia Têxtil e do Vestuário Ana Amélia Bezerra de Menezes. O evento tem como objetivo apresentar o projeto arquitetônico e conceitos sobre o empreendimento. Na ocasião, será servido um café da manhã para autoridades, empresários da Cadeia Produtiva da Moda, SENAI e imprensa local.
Elaborado pelo Senai em parceria com o Sinditêxtil, a construção do projeto Centro de Tecnologia da Cadeia Têxtil e do Vestuário – CTCTV, beneficiará a população com o preparo técnico de pessoas propiciando a geração de novos empregos. De acordo com a diretoria do Sinditêxtil, dentre as metas destacam-se: implantar o centro até 2010, capacitar anualmente cerca de 1.300 profissionais no segmento têxtil e de confecção do Estado, realizar assessorias técnicas-tecnológicas para empresas têxteis, fornecer infra-estrutura tecnológica necessária ao desenvolvimento de programas e serviços Técnicos e Tecnológicos. O CTCTV funcionará em parceria com empresas, sindicatos patronais, fornecedores de equipamentos e insumos, e com o SISTEMA SENAI, como forma de viabilizar técnica e financeiramente as atividades de formação e assessoria às empresas.
O setor têxtil cearense representa hoje uma âncora no processo de desenvolvimento econômico do Estado, com uma participação de 16% do PIB industrial, consumindo 40% da energia industrial do Estado, gera mais de 20.000 empregos diretos e consome anualmente 180.000 toneladas de algodão em pluma, sendo hoje o segundo maior consumidor nacional.


Dudalina e Silmaq se unem em prol de ação social
A Dudalina, uma das maiores camisarias do Brasil, e a Silmaq, a maior revendedora de equipamentos para a indústria de máquinas de confecção do País, se uniram para implantar um projeto original de sustentabilidade e responsabilidade social. Através da doação de máquinas, matéria-prima e capacitação de grupos da comunidade, as empresas incentivam a criação de oportunidade de geração de emprego e renda.
A doação dos kits de retalho e linha, que servem de matéria-prima para a fabricação de sacolas sociais, bem como material para o forro das sacolas, fica por conta da Dudalina. Retalhos, linhas e forro são resíduos de produção da camisaria. Além disso, a empresa oferece capacitação aos grupos. Já a Silmaq doa as máquinas que serão usadas na confecção dos produtos que posteriormente são comercializados. A proposta da sacola social é a de substituir as sacolas plásticas, reduzindo assim o lixo produzido nas cidades e contribuindo com a preservação ambiental.
“Com este projeto, além do benefício à comunidade, através do incentivo da geração de emprego e renda às comunidades em risco social, promovendo cidadania e dignidade a essas pessoas, envolvemos também a nossa cadeia de valor, atuando em parceria com fornecedores, gerando cumplicidade e disseminando os verdadeiros valores da responsabilidade social corporativa. Esse projeto faz parte do programa de sustentabilidade que mantemos”, comenta Sônia Hess de Souza, presidente da Dudalina.
Gilberto Coldebella, gerente de marketing da Silmaq, contou que a ação é muito bem vista pela sociedade. “A Silmaq sempre esteve preocupada com o futuro das novas gerações e já fazia alguns trabalhos sociais com entidades assistenciais. Temos recebido manifestações de admiração e orgulho pelo que as duas empresas estão fazendo e isto é muito gratificante para nós. Nossos objetivos para este ano é instalar mais 10 centros de Geração e Renda pelo Brasil”.
A idéia já é praticada pelo Grupo de Geração de Renda da Escola Profissionalizante Antonio e Jaime Mantovam e pelo Grupo de Geração de Renda da Pastoral da Criança, ambos de Terra Boa, no Paraná. Além disso, outros três grupos do Rio de Janeiro estão sendo beneficiados com a iniciativa através do Instituto da Criança, bem como um grupo de Florianópolis e um de Joinvile.


Bom fim de semana a todos.
Abraços.
Sandro F. Voltolini