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terça-feira, 29 de novembro de 2011

29/11 - Instituto Totum credenciará novas medidas

A Abravest apresenta hoje (29), em evento de inauguração da sede, a credenciadora encarregada de fazer o trabalho de verificação das roupas.

Nessa terça-feira, 29, em evento de inauguração da sua nova sede, a Abravest (Associação Brasileira do Vestuário) e o IBV (Instituto Brasileiro de Vestuário) vão oficializar a parceria com o Instituto Totum, entidade escolhida para certificar se roupas feitas no Brasil atendem às novas normas de vestibilidade da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Na ocasião, serão apresentadas as medidas para os produtos dos segmentos infanto juvenil/bebê e de uniformes escolares, já fabricados conforme a nova numeração, e a configuração das novas Etiquetas de Medida.
As empresas que se adequarem às novas normas receberão o Selo de Qualidade emitido pela Abravest, depois de certificadas pelo Instituto Totum, que também é responsável por fazer as verificações periódicas dos produtos e procedimentos das confecções. Em comunicado ao mercado, Fernando Giachini Lopes, diretor do Instituto Totum, diz que o selo “revela-se como uma ferramenta de fidelização de clientes e de certificação de qualidade dos produtos”.
Em dezembro de 2009 foi concluída a primeira parte do projeto que definiu as medidas das peças infanto/juvenil e bebê. Para roupas masculinas, as medidas propostas continuam em consulta pública. A proposta é dividir o segmento em três perfis de consumidor: normal, atlético e obeso. Assim, as etiquetas de calças de cada perfil terão especificações para perímetro de cintura, comprimento de entrepernas e estatura.

Para as camisas foram estipulados o perímetro de cintura e tórax, comprimento de braço e estatura. Embora ainda não esteja em discussão, para as medidas femininas, a Abravest propõe estatura, a medida ombro a ombro (no caso, de casacos), busto, cintura, quadril e comprimento.
Roberto Chadad, presidente da entidade, argumenta que a adesão aos padrões propostos poderia gerar cerca de 8% de economia no consumo de matérias primas para as confecções. “Hoje, em virtude das diversas grades de numeração existente, a venda de roupas através da internet enfrenta um grande desafio em virtude do alto volume de solicitação de trocas ou mesmo devolução de produtos”, completa Chadad.
A pesquisa para a padronização das medidas brasileiras é um trabalho de 15 anos, que consumiu R$ 400 mil e, segundo a associação, encontra-se em fase final.

Fonte: http://gbljeans.com.br/

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

24/10 - Padronização da Roupa Pode Causar Revolução no Setor

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O setor de vestuário prepara-se literalmente para uma revolução na maneira como as peças são fabricadas e vendidas no País. Com base no levantamento das medidas médias do corpo da população brasileira estão sendo estabelecidas referências para o tamanho das roupas infantil, masculina e feminina. Segundo o presidente da Associação Brasileira do Vestuário (Abravest), Roberto Chadad, a expectativa é de que nos próximos dois anos ao menos metade da produção nacional de vestuário, atualmente em 5,5 bilhões de peças anualmente, possa estar padronizada.
"Para a indústria, a padronização das medidas poderá gerar uma economia de até 8% na compra das matérias-primas (tecidos). Já no varejo cairão os custos para conferência interna do tamanho das peças e as trocas de roupas por parte do consumidor final", afirmou Chadad. Outro canal que poderá ser desenvolvido é o de vendas por meio da internet, que ainda engatinha no Brasil. "Em virtude das diversas grades de numerações existentes, a venda de vestuário na internet enfrenta o desafio do alto volume de solicitações de trocas e devoluções", disse.
No caso masculino, as novas normas sugerem medidas diferenciadas para homens a partir dos biotipos "normal", "atlético" e "obeso", que deverão gerar mais de vinte referências de tamanho. "Os tamanhos P, M e G deixarão de ser medidas de referência", destacou Chadad. As calças, por exemplo, contarão com especificações como "perímetro de cintura", "comprimento entrepernas" e "estatura" para as quais foram confeccionadas. Já as camisas terão informações do "perímetro de cintura", "perímetro de tórax", "comprimento do braço" e "estatura".
Segundo a Abravest, as padronizações masculinas estão na fase final de consulta pública, processo que deverá ser encerrado entre o final de outubro e início de novembro. A homologação das medidas, na sequência, seguirá os padrões da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), com o instituto Totum - credenciado pelo Inmetro - encarregado pela qualificação e auditoria das empresas. A Associação Brasileira do Varejo Têxtil também participa das discussões.
Dessa forma, as confecções que aderirem à padronização deverão oferecer roupas com a respectiva numeração e medidas adequadas a cada perfil de consumidor. Além disso, serão criadas novas etiquetas - adicionalmente à obrigatória costurada na roupa, com a origem do produto e CNPJ do fabricante - penduradas com informações mais detalhadas, como a composição dos tecidos e as orientações sobre lavagem e conservação, "que não encontram espaço" nas peças atualmente, disse Chadad.
Após a finalização das padronizações das vestimentas masculinas, será a vez das femininas. "Isso deverá ser finalizado até abril do próximo ano", destacou o presidente da Abravest. Nas roupas femininas, as etiquetas vão indicar a "estatura", "medida ombro a ombro" (no caso dos casacos), "busto", "cintura", "quadril" e "comprimento", conjuntamente aos biotipos "normal", "atlético" e "obeso". A expectativa da entidade é de que as roupas femininas também contenham mais de vinte referências de tamanho.
Desde o início deste ano, as roupas infantis já contam com a padronização dos tamanhos, num total de 22 referências de medidas. Segundo Chadad, as indústrias estão reestruturando sua produção com as novas normas. "Por enquanto, apenas 5% das fábricas, principalmente as de uniformes escolares, já se adequaram", disse. Mas esse número deve subir. "Mais de 100 fábricas em São Paulo devem se adequar até o final deste ano, porque os colégios estão passando a exigir as novas padronizações."
O dirigente da Abravest destacou que as padronizações são apenas uma referência, e não uma obrigação prevista na legislação. Segundo ele, a entidade investiu mais R$ 400 mil na elaboração e nos estudos das medidas, que contaram com mais de cem reuniões com representantes da indústria, varejo, matéria-prima e consumidores, por meio da ABNT. A entidade vai disponibilizar, gratuitamente, aos fabricantes assessoria técnica para que as empresas se adaptem às padronizações. "Ninguém vai pagar pelas normas."

Fonte: http://textileindustry.ning.com

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

05/09 - Fluxo Continuo de Produção na Industria de Vestuário

Olá, pessoal.
Recentemente fiz a leitura de um artigo que trata do Fluxo Continuo de Produção para as empresas de Confecção e Vestuário e que considerei muito simples e interessante.
O artigo é de Vanderlei C. Dorigon e abaixo estou transcrevendo informações do artigo.
Em diversas empresas de confecção, sejam elas fabricantes de camisas, calças, modinha, linha íntima, moda praia, produtos em jeans ou cama, mesa e banho, o indicador de aproveitamento de mão-de-obra não ultrapassa os 50%. Significando que metade do tempo disponível no dia as pessoas encontram-se em outras atividades que não a produção dos produtos.
Lembrando que a fórmula para cálculo da eficiência é:
% Eficiência = Total Minutos Produzidos/Total Minutos disponíveis no dia ou turno X 100, ou seja, se a pessoa tem 480 minutos disponíveis no dia (8 horas de trabalho), deve produzir esta quantidade em minutos também (que é calculado com base no tempo padrão de cada operação).
Como exemplo:
Uma operadora que faz uma operação pregar uma gola ou colarinho que tenha um tempo padrão de 1,00 minuto.
Se esta operadora fizer 300 peças desta operação num turno ou dia terá 300 minutos produzidos (300 peças X 1,00). Portanto a eficiência desta operadora é traduzida na fórmula:

.........................300 mins
% Eficiência = -------------- X 100 = 62,5
.........................480 mins

Ou seja, a operadora está produzindo apenas com 62,5% do que deveria e durante 180 minutos ela está em outra atividade que não a produção.

Isso nos remete a uma reflexão sobre a importância da produtividade para a melhoria da competitividade da indústria do vestuário no Brasil, pois veja: para uma costureira que disponibiliza 8 horas por dia numa fábrica, somente 5 dessas horas seriam efetivamente aproveitadas para geração de produto, e o restante das horas ficaria perdido.
Entre as perdas de tempo mencionadas, temos alguns exemplos:
1) Troca de linha.
2) Troca de aparelhos.
3) Retrabalho em peças.
4) Manutenção corretiva de máquinas.
5) Movimentação interna de produtos, materiais, pessoas.
6) Tempos de espera por ausência de abastecimento ou procura de ferramentas ou até peças.
7) Ritmo descontinuado.
8) Diferença de ritmo entre as operadoras.
Qual dessas perdas você considera a mais colaboradora para a queda da produtividade na sua empresa? Pois veja que se abordarmos uma costureira com a história de que ela produz 5 horas e perde outras 3 horas por dia, ela provavelmente dirá o que já ouvi em muitas empresas: “Quer dizer que quase a metade do tempo eu não trabalho?”. Pois é, ela tem razão, ela está envolvida todo o dia com o trabalho. Mas estar envolvido não é necessariamente sinônimo de produtividade, o que ocorre é que efetivamente não conseguimos criar um sistema capaz de transformar mais horas disponíveis em tempo produzido.
O Fluxo Contínuo de produção se encarrega de montar um sistema capaz de melhorar significativamente a performance da fábrica, pois tem como foco principal o estabelecimento de padrão de ritmo de produção. Ou seja, se você tem 30 costureiras em sua produção, terá efetivamente até 30 ritmos diferentes, e ao contrário do que muitos pensam, essa é, com o ritmo descontinuado, a principal razão de perda de produtividade na indústria de confecção. Outras perdas são também importantes, no entanto podemos garantir que uma perda de 3 horas diárias não é perda pontual, mas, sim, sistêmica, que está diretamente ligada a todo o contexto produtivo, e isso requer mudança desse sistema. Veja outro fator interessante: o custo minuto/homem de uma fábrica com 50% de produtividade está em torno de R$ 0,30, e, com 70% de produtividade, R$ 0,20 aproximadamente; isso quer dizer que uma peça básica de 20 minutos de tempo padrão terá um custo de mão-de-obra seguinte:
50% - 20’ x 0,30 = 6,00
70% - 20’ x 0,20 = 4,00
Quer dizer, com o incremento de produtividade teremos um ganho de R$ 2,00 por peça produzida, com o mesmo custo fixo de produção.O Fluxo Contínuo de Produção trabalha com o objetivo de gerar interdependência entre operadores e, com isso, fortalecera necessidade de manutenção de ritmo e a sua padronização entre a equipe de trabalho. A interdependência égerada pela distribuição equilibrada da carga de trabalho internamente entre operadores de um grupo de trabalho ou célula, e também a interdependência externa entre os vários grupos de trabalho. Isso gera comprometimento conjunto para atingir as metas estabelecidas e oferece também a oportunidade de diversos operadores compararem e melhorarem suas habilidades pontuais em determinadas operações, além de motivar a polivalência destes.O FCP estabelece a condição inédita de termos num mesmo layout produtivo a composição decélulas de manufaturas e de linhas de produção.
O estabelecimento da interdependência entre operadores e células cria a condição da necessidade de abastecimento “Just-in-time”, ou seja, são indispensáveis o abastecimento no tempo certo de uma unidade produtiva para meu cliente e o recebimento de uma unidade produtiva do processo anterior. Isso gera a melhoria e a manutenção do ritmo de produção, reduzindo também o tempo de atravessamento do produto no processo. Para o funcionamento correto do sistema, precisa-se de um estabelecimento de planos de produção em períodos fechados, tendo assim condições de montar estratégias gerais de seqüência produtiva conforme o grau de dificuldade dos diversos modelos da coleção, evitando perda de ritmo em função da mudança radical do tipo de operação que está sendo executada por um operador. A seqüência produtiva prioriza a mínima variação de alteração da operação, por exemplo, uma costureira que executava a montagem das laterais da peça num determinado modelo de produto, provavelmente num outro modelo da mesma família fará o mesmo mecanismo.O monitoramento da produtividade também é fundamental para a manutenção do sistema e isso se dá pelo estabelecimento de unidades produtivas e padrão de fabricação, com os quais são definidas metas de tempo de conclusão destas.
O FCP pode ser implantado em pequenos lotes de produção do mesmo modelo de produto, independentemente de cor e tamanho. Ao contrário do que se pensa, ele não funciona apenas com altos volumes de produção do mesmo modelo, mas é claro que lotes menores sempre exigem da empresa maior necessidade de previsibilidade da situação de produção, ou seja, investir mais tempo para prever possíveis problemas como falta de aparelho, linha, habilidade, etc. Isso quer dizer que quanto menor o lote, maior a necessidade de estrutura de planejamento, pois as variáveis passíveis de problema aumentam significativamente. Do Fluxo Contínuo de Produção constam as seguintes premissas:
1) Medir a produtividade para conhecer as suas perdas.
2) Planejar a produção para montar a estratégia de produção.
3) Balancear a produção para equilibrar a carga de trabalho e gerar interdependência.
4) Projetar o layout para estabelecer a seqüência do FCP.
5) Monitoramento freqüente para garantir o alcance da meta e manter a equipe atenta.

Manter as várias células ou linhas de produção equilibradas no processo, identificando onde estão os “gargalos” do processo é um assunto tratado com muita ênfase num livro muito difundido no inicio da década de 90, “A Meta” de Eliyahu Goldratt. Vale a pena relembrar e ler outros mais recentes do autor.

Grande abraço a todos.

Sandro F. Voltolini