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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

17/09 - Designer apresenta projeto de "peixes-robôs" que lavam roupas sem utilizar sabão

A inspiração veio do tratamento médico com peixes que é feito com os pés imersos, nos quais os peixem se aglomeram para retirar células mortas da pele



Através do site da Electrolux Design Lab, competição mundial de design onde estudantes de graduação e pós-graduação na área são convidados a apresentar ideias inovadoras em eletrodomésticos, o design industrial Chan Yeop Jeong apresentou o conceito de uma máquina de lavar roupas que dispensa o uso de sabão.
O projeto do coreano se chama Pecera e consiste em uma "coleção de peixes-robôs" imersos no tanque de água, os quais vão lavar suas roupas. A inspiração veio do tratamento médico com peixes que é feito com os pés imersos, nos quais os peixem se aglomeram para retirar células mortas da pele. Os "peixes" da máquina de lavar detectam a sujeira na roupa e a limpa através de um movimento de sucção. A lavagem sem sabão é adequada para as peças mais delicadas, eliminando a necessidade vários ciclos de lavagem com água.
"Eu pensei no projeto da máquina de lavar sustentável, deixando as roupas limpas, sem qualquer uso de detergente", o design escreve na página do projeto. Para ele, se essa máquina for usada por cada vez mais pessoas, a natureza vai se tornar, também, cada vez menos contaminada por sabão, sendo possível manter a qualidade da água.
Outra vantagem, segundo o desenvolvedor, é que, diferentemente das atuais máquias de lavar roupa, a Pecera é bonita e compacta o suficiente para ser colocada em qualquer lugar da sua casa. 
E aí, você colocaria uma lavadora de roupas ao lado do seu sofá? 
Confira mais imagens do projeto:
Fonte: www.administradores.com.br

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

26/09–Qual tecido gera maior impacto ambiental?

O que gera mais impacto em termos ambientais, uma peça de roupa feita com polipropileno ou uma produzida com algodão? E entre o poliéster e a lã? Sim, como em todas as perguntas cuja resposta soa óbvia, a correta é a opção que “parece absurda”: a de algodão e a de lã, nas comparações acima. Pelo menos é o que afirma um levantamento feito pelo Sustainable Apparel Coalition (SAC), um grupo de empresas ligadas ao ramo calçadista e de vestuário que se associou a organizações sem fins lucrativos para criar e implementar um índice do desempenho ambiental e social de roupas e calçados. Trata-se de uma iniciativa espontânea, financiada pelas próprias empresas, que conta com mais de sessenta membros, dentre os quais estão grandes fabricantes e varejistas, como Adidas, DuPont, Coca-Cola, Levi´s, Nike e Walmart.

Lançada em julho de 2012, essa versão 1.0 do Índice Higg é focada nos aspectos ambientais, com avaliação das seguintes categorias: uso da água, energia e gases do efeito estufa, resíduos sólidos e toxicidade química. Na versão de 2013 serão incorporadas medidas dos impactos sociais e trabalhistas. O indicador tem por objetivo:

  • Compreender e quantificar os impactos, em termos de sustentabilidade, da indústria de roupas e calçados.
  • Reduzir fortemente a redundância nos cálculos de sustentabilidade nesses setores.
  • Agregar valor aos negócios pela redução do risco e resgate da eficiência.
  • Criar canais comuns para comunicação do tema da sustentabilidade entre as partes interessadas (“stakeholders”)

Ainda que os dados sejam públicos, basta preencher um cadastro simples para recebê-los, o índice vai servir neste primeiro momento sobretudo às empresas ligadas à cadeia de produção e distribuição, que podem usá-lo para como ferramenta para identificar oportunidades de melhora e inovação. Uma medida de fácil compreensão para os consumidores—como a adotada para os aparelhos elétricos, que trazem uma tabela classificadora do gasto de energia— está nos planos da SAC, embora a data de lançamento ainda não tenha sido estabelecida. “Esta ferramenta permite que nossas equipes percebam como melhorar nossa cadeia de produção e, ainda mais importante, como reduzir nosso impacto ambiental”, afirma Scott Lecel, diretor de Responsabilidade Social e Sustentabilidade da varejista Target no comunicado de lançamento do Higg.

Veja abaixo a pontuação de alguns itens.

Higg

Fonte:|http://www.bmfbovespa.com.br/novo-valor/pt-br/na-sua-vida/2012/Empr...

domingo, 18 de abril de 2010

18/04 - Novas tendências para a indústria têxtil: o que é a moda sustentável?

divulgação

Sabe aquela camiseta de algodão natural do seu armário que traz geralmente uma mensagem amigável, insígnia de banda de rock ou política? Na verdade, a camiseta pode ser a roupa mais ambientalmente tóxica que você possui. E no Brasil cerca de 450 milhões de peças de camisetas são produzidas por ano.

De acordo com estudo do IISD (Instituto Internacional para o Desenvolvimento Sustentável), para confeccionar uma camiseta de 250 gramas, na China, utiliza-se, em média, 160 gramas de agrotóxicos. Uma pesquisa do Departamento Agrícola dos Estados Unidos aponta ainda que cerca de um terço dos pesticidas e fertilizantes produzidos no mundo são pulverizados sobre o algodão.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma que 25% dos inseticidas produzidos mundialmente são utilizados na plantação do algodão e quase metade deles são extremamente tóxicos. O Aldicarbe (ou Temik 150) é, por exemplo, o segundo pesticida mais utilizado na produção de algodão mundial e apenas uma gota dele, absorvida pela pele, é suficiente para matar um adulto.

Levantamento do IISD em conjunto com o Centro para Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente da Academia Chinesa das Ciências Sociais de Beijing revela que o algodão está no topo da lista de produtos que precisam de controle ambiental. Isso porque a água, os agrotóxicos utilizados no cultivo de algodão, os resíduos deixados nos rios e os restos despejados em aterros fazem com que o ciclo de vida da sua humilde camiseta de algodão tenha deixado um rastro ecológico gigantesco.

Isso explica por que celebridades, como Jason Mraz, apareceram nos Grammys usando ternos de plástico reciclado. Mas o movimento de "ecologização" da indústria da moda levanta uma pergunta ainda mais relevante: o que seria a moda sustentável?

Para encontrar respostas coerentes e práticas seria necessária a opinião de profissionais do lado menos atraente da indústria da moda, como pesquisadores ambientais e engenheiros de produção especializados na fabricação de tecidos, envolvidos em estudos de impacto ambiental.

Para desenvolver uma peça de roupa verdadeiramente orgânica que não seja financeiramente exorbitante, designers, estilistas e consumidores de moda, precisam trabalhar em conjunto com profissionais especializados em gestão de sustentabilidade. No entanto, para ser qualificado como orgânico, o algodão ou lã precisam passar por inspeções e processos sofisticados para não serem tocados por produtos químicos e substâncias tóxicas. Mas a indústria têxtil mundial encontra grande dificuldade para definir os padrões de qualidade mínimos necessários à criação de um produto realmente orgânico e sustentável.

No Brasil, diversos produtores da Paraíba já trabalham com a IFOAM (International Federation of Organic Agriculture Movements) para atender à legislação referente a produtos orgânicos da Comunidade Européia e dos Estados Unidos. Em 2007, cerca de 7.500 hectares nos Estados Unidos foram dedicados à safra de algodão orgânico. E programas como o “North American Organic Fiber Processing Standards” já estão se popularizando junto à indústria da moda.

De acordo com as projeções do DataMonitor, o mercado varejista de vestuário no bloco BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China) deverá chegar a US$ 253,6 bilhões em 2013. Por ser o principal produtor e importador de algodão cru e o maior exportador de tecidos de algodão e vestuário acabado do mundo, a indústria têxtil chinesa tem grandes interesses neste novo cenário. Sendo assim, ela já está se organizando para estabelecer requisitos necessários à obtenção de escala na cadeia de produção de roupas orgânicas. Sua cadeia produtiva já passou por danos que precisam ser resolvidos. O avanço do vasto deserto de Takla Makan, por exemplo, cujas dunas engoliram cidades inteiras e apavoram os moradores dos subúrbios de Beijin, tem sido associado à produção industrial do algodão em larga escala na província árida de Xinjiang ocidental.

Além da indústria têxtil, o universo da moda também está se mobilizando. No mês passado, a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento, em Genebra, realizou a EcoChic: um desfile de moda sustentável, em que designers conhecidos criaram peças de fibras naturais fabricados de forma mais sustentável.

Em fevereiro de 2010, na Fashion Week de Londres, a exposição “Estethica” foi dedicada à moda ecologicamente sustentável. Em março de 2010, o Fashion Institute of Technology em Nova York, uniu forças com a Universidade de Delaware e com a escola de design Parsons para montar uma exposição de moda sustentável, intitulada "Passion for Sustainable Fashion", na qual os estudantes criaram roupas com matérias de origem ética e matérias-primas ecologicamente neutras.

Outra alternativa seria o processo de reaproveitamento de produtos descartados como o Upcycling, do qual o terno de Jason Mraz é um bom exemplo. O problema é descobrir como fazer o Upcycling em escala comercial. O importante é a conscientização de que sustentabilidade não se trata de modismos passageiros e sim de um assunto que deve ser abordado de forma coerente e séria.

Fonte: plenamulher.com.br

Empresas que estiverem atentas as estas mudanças, tem vantagens competitivas e que podem ser amplamente exploradas.

Boa semana a todos

Sandro F. Voltolini

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

18/01 - Reciclagem em alta e que pode beneficiar têxteis e confecções

Qual o impacto que a a edição feita pelo presidente Lula de MP que prevê crédito presumido de IPI para a indústria que usar matéria-prima reciclada de cooperativas de catadores provocará na cadeia de reciclagem? Lembrando que a MP foi anunciada no final de dezembro e, antes de entrar em vigor, precisará ser regulamentada pelo Ministério da Fazenda nos próximos meses.
Pois bem, segundo o executivo Fernando von Zuben, que é diretor de meio ambiente da Tetra Pak, fabricante de embalagens longa vida, e um entusiasta da reciclagem, a primeira mudança que a medida deve desencadear é um movimento de profissionalização no setor. Isso porque, para ter direito ao crédito do IPI, as empresas recicladoras terão de estar legalizadas e comprar de cooperativas de catadores que estejam na mesma situação. Ou seja, os recicladores só vão se beneficiar da redução do imposto, e as cooperativas de um aumento na venda dos resíduos, se saírem da informalidade. Atualmente, somente filiadas ao Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre), uma associação sem fins lucrativos mantida pela iniciativa privada que se dedica a promover a correta gestão dos resíduos, existem cerca de 600 cooperativas de catadores no país. Von Zuben estima que dentro desse universo, apenas 10% já sejam formais. A realidade é parecida além dos muros do Cempre.

Para que a mudança no IPI realmente impulsione a profissionalização e o desenvolvimento da cadeia de reciclagem, o executivo frisa que é importante que a regulamentação da MP seja bem feita. “Não podemos criar um monstrengo, que possa vir, por exemplo, a beneficiar um tipo de resíduo em detrimento de outro”, diz ele. Outra questão delicada se refere à maneira como os benefícios serão divididos dentro da cadeia. Da maneira como está escrita hoje, a MP não beneficia, por exemplo, uma empresa que fabrica camisetas a partir de embalagens PET, mas apenas a empresa recicladora que compra a embalagem das cooperativas para transformá-las em fibras – que então serão vendidas à indústria têxtil. “O correto é que todos que impulsionam a reciclagem sejam premiados”, afirma Von Zuben.

Fonte: Ana Luiza Herzog - portalexame.abril.com.br
Ótima semana a todos.
Sandro F. Voltolini