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quarta-feira, 26 de setembro de 2012

26/09–Qual tecido gera maior impacto ambiental?

O que gera mais impacto em termos ambientais, uma peça de roupa feita com polipropileno ou uma produzida com algodão? E entre o poliéster e a lã? Sim, como em todas as perguntas cuja resposta soa óbvia, a correta é a opção que “parece absurda”: a de algodão e a de lã, nas comparações acima. Pelo menos é o que afirma um levantamento feito pelo Sustainable Apparel Coalition (SAC), um grupo de empresas ligadas ao ramo calçadista e de vestuário que se associou a organizações sem fins lucrativos para criar e implementar um índice do desempenho ambiental e social de roupas e calçados. Trata-se de uma iniciativa espontânea, financiada pelas próprias empresas, que conta com mais de sessenta membros, dentre os quais estão grandes fabricantes e varejistas, como Adidas, DuPont, Coca-Cola, Levi´s, Nike e Walmart.

Lançada em julho de 2012, essa versão 1.0 do Índice Higg é focada nos aspectos ambientais, com avaliação das seguintes categorias: uso da água, energia e gases do efeito estufa, resíduos sólidos e toxicidade química. Na versão de 2013 serão incorporadas medidas dos impactos sociais e trabalhistas. O indicador tem por objetivo:

  • Compreender e quantificar os impactos, em termos de sustentabilidade, da indústria de roupas e calçados.
  • Reduzir fortemente a redundância nos cálculos de sustentabilidade nesses setores.
  • Agregar valor aos negócios pela redução do risco e resgate da eficiência.
  • Criar canais comuns para comunicação do tema da sustentabilidade entre as partes interessadas (“stakeholders”)

Ainda que os dados sejam públicos, basta preencher um cadastro simples para recebê-los, o índice vai servir neste primeiro momento sobretudo às empresas ligadas à cadeia de produção e distribuição, que podem usá-lo para como ferramenta para identificar oportunidades de melhora e inovação. Uma medida de fácil compreensão para os consumidores—como a adotada para os aparelhos elétricos, que trazem uma tabela classificadora do gasto de energia— está nos planos da SAC, embora a data de lançamento ainda não tenha sido estabelecida. “Esta ferramenta permite que nossas equipes percebam como melhorar nossa cadeia de produção e, ainda mais importante, como reduzir nosso impacto ambiental”, afirma Scott Lecel, diretor de Responsabilidade Social e Sustentabilidade da varejista Target no comunicado de lançamento do Higg.

Veja abaixo a pontuação de alguns itens.

Higg

Fonte:|http://www.bmfbovespa.com.br/novo-valor/pt-br/na-sua-vida/2012/Empr...

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

18/01 - Reciclagem em alta e que pode beneficiar têxteis e confecções

Qual o impacto que a a edição feita pelo presidente Lula de MP que prevê crédito presumido de IPI para a indústria que usar matéria-prima reciclada de cooperativas de catadores provocará na cadeia de reciclagem? Lembrando que a MP foi anunciada no final de dezembro e, antes de entrar em vigor, precisará ser regulamentada pelo Ministério da Fazenda nos próximos meses.
Pois bem, segundo o executivo Fernando von Zuben, que é diretor de meio ambiente da Tetra Pak, fabricante de embalagens longa vida, e um entusiasta da reciclagem, a primeira mudança que a medida deve desencadear é um movimento de profissionalização no setor. Isso porque, para ter direito ao crédito do IPI, as empresas recicladoras terão de estar legalizadas e comprar de cooperativas de catadores que estejam na mesma situação. Ou seja, os recicladores só vão se beneficiar da redução do imposto, e as cooperativas de um aumento na venda dos resíduos, se saírem da informalidade. Atualmente, somente filiadas ao Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre), uma associação sem fins lucrativos mantida pela iniciativa privada que se dedica a promover a correta gestão dos resíduos, existem cerca de 600 cooperativas de catadores no país. Von Zuben estima que dentro desse universo, apenas 10% já sejam formais. A realidade é parecida além dos muros do Cempre.

Para que a mudança no IPI realmente impulsione a profissionalização e o desenvolvimento da cadeia de reciclagem, o executivo frisa que é importante que a regulamentação da MP seja bem feita. “Não podemos criar um monstrengo, que possa vir, por exemplo, a beneficiar um tipo de resíduo em detrimento de outro”, diz ele. Outra questão delicada se refere à maneira como os benefícios serão divididos dentro da cadeia. Da maneira como está escrita hoje, a MP não beneficia, por exemplo, uma empresa que fabrica camisetas a partir de embalagens PET, mas apenas a empresa recicladora que compra a embalagem das cooperativas para transformá-las em fibras – que então serão vendidas à indústria têxtil. “O correto é que todos que impulsionam a reciclagem sejam premiados”, afirma Von Zuben.

Fonte: Ana Luiza Herzog - portalexame.abril.com.br
Ótima semana a todos.
Sandro F. Voltolini