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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

26/10 - Estática dá nova dinâmica às roupas eletrônicas

 

A energia gerada pelo material piezoelétrico é reforçada pelos efeitos eletrostáticos, gerando uma tensão e uma corrente significativamente maiores. [Imagem: Kim et al./EDES]

MODA ELETRÔNICA

Os tecidos inteligentes, ou e-tecidos, estão entre os conceitos mais promissores quando o assunto é deixar os equipamentos eletrônicos verdadeiramente portáteis.

De um lado, a eletrônica flexível tem avançado rapidamente, já podendo contar não apenas com fios de algodão que transmitem eletricidade, mas também com transistores de algodão eletrônico.

De outro, o problema é alimentar a eletrônica incorporada nas roupas, o que tem sido feito comnanogeradores, baterias flexíveis e roupas capazes de armazenar eletricidade nas próprias fibras.

Foi neste setor da eletrificação que pesquisadores coreanos conseguiram o avanço mais recente nesse emergente campo da "moda eletrônica".

Híbrido estática-piezoelétrico

Hyunjin Kim e seus colegas da Samsung conseguiram reunir os materiais piezoelétricos - que geram energia a partir do movimento da pessoa que usa a roupa eletrônica - com materiais que capturam a eletricidade estática, que também se acumula com o movimento da roupa.

Nesse sistema híbrido, a energia gerada pelo material piezoelétrico é reforçada pelos efeitos eletrostáticos, gerando uma tensão e uma corrente significativamente maiores.

A parte piezoelétrica usa os já tradicionais nanofios de óxido zinco, usados na maioria dos nanogeradores.

Os nanofios foram incorporados em uma malha feita com fibras artificiais - o tecido propriamente dito - recobertas com prata e, a seguir, com uma película de polietileno.

Eletrizante

Os nanofios piezoelétricos produzem eletricidade quando o tecido da roupa é movimentado, flexionando os nanofios.

Já a eletricidade estática é gerada pelo movimento entre o filme de polietileno e as fibras revestidas com prata.

Com um pedaço de tecido eletrônico de alguns centímetros quadrados, os pesquisadores produziram uma corrente de 2,5 mA, a uma tensão de 8 volts, largamente superior a qualquer outro dispositivo similar.

No experimento de demonstração, o e-tecido gerou energia suficiente para alimentar uma tela de cristal líquido de 9 x 3 centímetros e um LED.

Bibliografia:
Enhancement of piezoelectricity via electrostatic effects on a textile platform
Hyunjin Kim, Seong Min Kim, Hyungbin Son, Hyeok Kim, BoongIk Park, JiYeon Ku, Jung Inn Sohn, Kyuhyun Im, Jae Eun Jang, Jong-Jin Park, Ohyun Kim, SeungNam Chax, Young Jun Park
Energy & Environmental Science
Vol.: 5, 8932
DOI: 10.1039/c2ee22744d

Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br

terça-feira, 23 de outubro de 2012

23/10 - Nanotecnologia tapa o Sol com a peneira

Nanotecnologia tapa o Sol com a peneira
Um material praticamente transparente, que absorva a luz visível e deixa de fora o calor é um sonho longamente perseguido pelos cientistas. [Imagem: Ghenuche et al./PRL]
Nanotela
Ela é literalmente uma peneira, ou uma tela, construída com fios muito finos, de forma a criar uma malha muito precisa.
É claro que, dadas as dimensões, tudo deveria receber o prefixo nano: nanopeneira, nanotela, nanofios e nanomalha.
Mas o que importa é que a nanopeneira tem 15% de sua área coberta pelos fios, sendo 85% espaços vazios.
Ainda assim, ela consegue bloquear quase 100% da luz de um comprimento de onda específico que incide sobre ela.
A nanotela foi criada por Petru Ghenuche e seus colegas do Laboratório de Fotônica e Nanoestruturas em Marcoussis, na França.
Segundo eles, é uma "nanotela fotônica", com possibilidades de aplicações em todos os campos da óptica, incluindo filtros de luz e sensores.
Rede de Bragg
Embora pareça absolutamente estranho que um material que é quase todo espaço vazio possa bloquear a luz, essa possibilidade havia sido teorizada há vários anos.
A grande dificuldade era tecnológica, ou seja, como construir o material que os teóricos haviam calculado, o que exige uma precisão muito grande.
A nanotela foi construída com fios de nitreto de silício muito uniformes, medindo 500 nanômetros de espessura e postos paralelamente a uma distância de 3 micrômetros um do outro.
O resultado é uma espécie de "rede de Bragg", pequenas grades difrativas usadas para manipular a luz em diversas situações - a diferença é que a nanotela é 2D, enquanto as redes de Bragg são 3D.
Nanotecnologia tapa o Sol com a peneira
Um dos espelhos mais eficientes já construídos é baseado em uma rede de Bragg. [Imagem: Michael Huang/UC Berkeley]
Espalhamento da luz
O princípio de funcionamento da nanotela também difere de outras formas de manipulação da luz em nanoescala, que geralmente utiliza fios e superfícies metálicas para tirar proveito dos plásmons de superfície.
A nanotela, que é feita de um material semicondutor, funciona como um cristal, com os fios agindo como uma camada atômica que interfere com a luz.
A luz incidente inicialmente é refletida por um nanofio; a seguir, o resultado dessa reflexão é refletido pelos nanofios ao redor, e assim por diante.
Isso cria ondas de interferência construtiva que multiplicam o processo de espalhamento da luz no plano da nanotela, impedindo a passagem da luz de um comprimento de onda específico.
Tapando as cores da luz
A configuração fabricada pelos pesquisadores é precisa para bloquear a luz infravermelha, que é quase inteiramente refletida pelo material.
Assim, não é de todo correto afirmar que a nanopeneira pode "tapar o Sol", uma vez que cada configuração vai bloquear um comprimento de onda específico.
Mas um material praticamente transparente, que possa absorver a luz visível e deixar de fora o calor, é um sonho longamente perseguido pelos cientistas.
Além de filtrar a luz, isso torna possível, por exemplo, evitar danos a células solares ou permitir a criação de janelas de vidro que deixem passar a claridade, mas não o calor.
Como o processo de fabricação da nanopeneira é complicado e delicado, essas aplicações mais corriqueiras terão que esperar por técnicas mais práticas.
Bibliografia:
Optical Extinction in a Single Layer of Nanorods
Petru Ghenuche, Grégory Vincent, Marine Laroche, Nathalie Bardou, Riad Haidar, Jean-Luc Pelouard, Stéphane Collin
Physical Review Letters
Vol.: 109, 143903
DOI: 10.1103/PhysRevLett.109.14390

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

26/09–Qual tecido gera maior impacto ambiental?

O que gera mais impacto em termos ambientais, uma peça de roupa feita com polipropileno ou uma produzida com algodão? E entre o poliéster e a lã? Sim, como em todas as perguntas cuja resposta soa óbvia, a correta é a opção que “parece absurda”: a de algodão e a de lã, nas comparações acima. Pelo menos é o que afirma um levantamento feito pelo Sustainable Apparel Coalition (SAC), um grupo de empresas ligadas ao ramo calçadista e de vestuário que se associou a organizações sem fins lucrativos para criar e implementar um índice do desempenho ambiental e social de roupas e calçados. Trata-se de uma iniciativa espontânea, financiada pelas próprias empresas, que conta com mais de sessenta membros, dentre os quais estão grandes fabricantes e varejistas, como Adidas, DuPont, Coca-Cola, Levi´s, Nike e Walmart.

Lançada em julho de 2012, essa versão 1.0 do Índice Higg é focada nos aspectos ambientais, com avaliação das seguintes categorias: uso da água, energia e gases do efeito estufa, resíduos sólidos e toxicidade química. Na versão de 2013 serão incorporadas medidas dos impactos sociais e trabalhistas. O indicador tem por objetivo:

  • Compreender e quantificar os impactos, em termos de sustentabilidade, da indústria de roupas e calçados.
  • Reduzir fortemente a redundância nos cálculos de sustentabilidade nesses setores.
  • Agregar valor aos negócios pela redução do risco e resgate da eficiência.
  • Criar canais comuns para comunicação do tema da sustentabilidade entre as partes interessadas (“stakeholders”)

Ainda que os dados sejam públicos, basta preencher um cadastro simples para recebê-los, o índice vai servir neste primeiro momento sobretudo às empresas ligadas à cadeia de produção e distribuição, que podem usá-lo para como ferramenta para identificar oportunidades de melhora e inovação. Uma medida de fácil compreensão para os consumidores—como a adotada para os aparelhos elétricos, que trazem uma tabela classificadora do gasto de energia— está nos planos da SAC, embora a data de lançamento ainda não tenha sido estabelecida. “Esta ferramenta permite que nossas equipes percebam como melhorar nossa cadeia de produção e, ainda mais importante, como reduzir nosso impacto ambiental”, afirma Scott Lecel, diretor de Responsabilidade Social e Sustentabilidade da varejista Target no comunicado de lançamento do Higg.

Veja abaixo a pontuação de alguns itens.

Higg

Fonte:|http://www.bmfbovespa.com.br/novo-valor/pt-br/na-sua-vida/2012/Empr...

segunda-feira, 7 de maio de 2012

07/05 - Tecido antimancha expulsa sujeira e suporta máquina de lavar

Tecido antimancha expulsa sujeira e suporta máquina de lavar

 

 

 

 

 

 

 

 

Nanopartículas de areia funcionalizadas curam-se sob a ação de luz ultravioleta para "amarrar" as camadas antimancha, deixando o tecido muito mais resistente às lavações. [Imagem: Zhao et al. / Langmuir]

Tecido antimancha lavável

Tecidos antimancha podem ser encontrados no mercado sem muita dificuldade.

Mas agora está surgindo uma nova geração de tecidos à prova de sujeira que não são apenas repelentes: eles possuem uma estrutura que atua ativamente contra as manchas.

O novo revestimento mostrou-se capaz não apenas de repelir, mas de expulsar, sujeiras como graxa, cola e outras substâncias grudentas, e até ácidos.

E com uma grande vantagem: o novo material suporta dezenas de lavações em máquina de lavar comum, sem perder sua funcionalidade.

Yan Zhao e seus colegas da Universidade de Deakin, na Austrália, desenvolveram uma técnica de deposição de multicamadas com cargas positivas e negativas dispostas alternadamente.

Isso já é feito nos tecidos antimancha atuais.

O problema é que o material tende a descamar, o que explica porque sua eficiência cai tão rapidamente.

Amarração molecular

O grande truque encontrado pelos pesquisadores australianos para aumentar a durabilidade do tecido antimancha consiste na adição de nanopartículas de sílica - essencialmente uma areia finíssima - revestidas com moléculas do grupo azida, que possuem longas estruturas parecidas com caudas.

Depois que o tecido é mergulhado várias vezes na solução antimancha - para depositar as múltiplas camadas do material - ele recebe a cobertura de nanopartículas funcionalizadas.

Quando submetidas à luz ultravioleta, as caudas das moléculas do grupo azida se entrelaçam, curando-se e criando uma estrutura muito forte que amarra as diversas camadas.

Isto tornou o revestimento muito durável, permanecendo intacto sobre o tecido de algodão após 50 ciclos completos por uma máquina de lavar doméstica.

Os testes de laboratório mostraram que o novo revestimento, aplicado a um tecido de algodão, repeliu água, ácidos, bases e solventes orgânicos.

Hidrofóbico

Chama a atenção em especial a capacidade do revestimento multicamada em repelir água.

O ângulo de contato do revestimento, que é uma medida da capacidade do material em repelir água, alcançou 154 graus, o que o torna uma das superfícies hidrofóbicas mais eficientes que se conhece.

Para comparação, a cera usada em carros tem apenas 90 graus de ângulo de contato, o Teflon tem 95 graus e os produtos que repelem a água da chuva de pára-brisas de carros chegam aos 110 graus de ângulo de contato.

Como as camadas podem ser ajustadas, o material pode ser produzido para atender diversas especificações, dependendo de seu uso.

Por exemplo, ele pode ser usado para revestir sensores e até equipamentos médicos, formando superfícies antibacterianas.

Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

26/01 - Cresce o Uso de Tecidos Inteligentes

UV

Rhodia Fibras: demanda é maior para fios que protegem contra os raios do sol

O tecido inteligente - aquele que parece couro, sem que nenhum animal tenha sido esfolado, ou que promete reduzir a fadiga muscular ou proteger contra os raios do sol - aumenta a presença na moda. E pode ser exclusivamente sintético ou uma mistura de fibras naturais e artificiais.

Para a estilista Raquel Davidowicz, da grife UMA, é quase impossível pensar numa coleção sem tecidos tecnológicos - sejam eles feitos de fibras naturais, artificiais ou sintéticas. "Os meus clientes já esperam por isso e o investimento em tecidos de última geração virou o nosso diferencial", diz Raquel, cuja grife voltou a desfilar no São Paulo Fashion Week, evento que mostrou coleções de 29 grifes.

Para a próxima estação, a UMA prepara uma coleção com um tecido 100% poliéster cuja aparência é idêntica ao do couro. Com o material, importado da Itália, Raquel desenhou vestidos e jaquetas. Um tecido feito da mistura do algodão com fios de metal, chamado de "natural memory", é outra aposta da grife, que também investiu em uma sarja, feita pela Vicunha, que recebe um tratamento para ficar com aparência emborrachada. "Meus clientes estão abertos às novidades e são muito curiosos."

Mas desenvolver um novo fio, com propriedades específicas, não é nada simples - nem barato. A Rhodia, por exemplo, leva entre três e quatro anos, a um custo que pode variar dos R$ 5 milhões aos R$ 10 milhões, para chegar a um novo produto. E, antes de tudo, é necessário muito estudo para tentar prever o comportamento do consumidor no futuro. A Rhodia mantém cinco centros de pesquisa no mundo - sendo um deles no Brasil.

Entre as tendências que mais crescem, no Brasil e no mundo, estão os fios com proteção contra a radiação solar. "Somente entre 2009 e 2010, a demanda cresceu 120%", diz Elizabeth Haidar, gerente de marketing da Rhodia Fibras. A aposta do momento da Rhodia é o Emana, fio criado no Brasil. O produto, que já foi adquirido pelas tecelagens e entrou no varejo no ano passado, tem como propriedade fundamental, segundo a Rhodia, "emanar raios infravermelhos longos, que ajudam a reduzir a celulite e a fadiga muscular - desde que fique em contato com o corpo por, no mínimo, seis horas". O fio tem alcançado vendas da ordem de 50 toneladas, por mês. "Ele foi pensado para roupas esportivas e íntimas, mas deverá chegar também aos tecidos para roupas casuais", diz Elizabeth. Atualmente, o tecido feito com o fio leva 70% de Emana e 30% de elastano, na composição.

Entre as marcas que utilizam o Emana em suas peças estão Lupo, Scala, Valisere, Plié, Darling, Bio Forma e Body Plus. "Mas estão em estudo outras composições, para desenvolver tecidos diferentes, mas que mantenham as propriedades do fio."

Paula Cimino, gerente da TexPrima, diz que atualmente, cada coleção da empresa "possui mais de 200 produtos, entre tecidos feitos com fibras naturais, sintéticas ou com a mistura das duas." A empresa é um birô de criação, que desenvolve tecidos especiais no Brasil, faz a produção no exterior e os importa para comercializar no mercado brasileiro. A escolha do tipo de tecido, diz Paula, vai depender do desejo do estilista no momento. "Samuel Cirnansck, um dos nossos clientes, compra seda, mas também compra tecido sintético."

A poliamida, mais conhecida como náilon, é um dos carros-chefes da Rhodia Fibras. O tecido feito com a microfibra de poliamida seca rápido e amassa pouco, dispensando o uso do ferro de passar. "Isso tem tudo a ver com o futuro, onde as pessoas estão valorizando os artigos funcionais, para poder colocar o foco nos valores humanos fundamentais. A simplicidade é o novo luxo", diz Elizabeth, da Rhodia.

Para Nina Almeida Braga, do Instituto-E, fundado pelo empresário e estilista Oskar Metsavaht, da Osklen, o uso da fibra sintética tem suas vantagens, pois "não leva ao esgotamento do ambiente". "A cultura do algodão usa 25% dos agrotóxicos do mundo e faz adoecer cerca de 300 mil trabalhadores, por ano", diz Nina. O ideal seria aumentar a produção de algodão orgânico, mas essa fibra custa 60% mais do que o algodão tradicional. As peças de algodão da Osklen, diz Nina, levam 5% de algodão orgânico - percentual que deve aumentar. A grife também utiliza outros E-Fabrics, como são chamados os tecidos certificados pelo instituto, cuja produção respeita o ambiente, a cultura local e estão de acordo com as leis trabalhistas.

Na coleção de inverno 2012, apresentada durante o SPFW, a grife utilizou tecidos naturais e sintéticos, como lã, veludo de seda, chamois, pele sintética, neoprene, organza de seda, moletom e os E-Fabrics: couro de salmão, couro de pirarucu, tricô e gorgorão de seda ecológica.

Fonte: textileindustry.ning.com

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

19/01– Antenas embutidas no vestuário

O diretor do Laboratório de Eletro Ciência da Universidade Estadual de Ohio está tentando eliminar a necessidade de hardware de telefone celular como o fone de ouvido Bluetooth, fabricando dispositivos de comunicação com algo que a maioria dos países exige que as pessoas usem o tempo todo: roupas.

"Você não vai precisar segurar o celular junto do ouvido", diz o doutor Volakis, que é engenheiro elétrico. "Vamos eliminar tudo isso. Fará parte da vestimenta."

Divulgação/Ohio State University

Projeto de roupas com antenas embutidas

Projeto de roupas com antenas embutidas

Seu trabalho se inclui em uma ampla iniciativa tecnológica para fabricar "têxteis inteligentes": isto é, tecidos com eletrônica embutida, capazes de coletar, armazenar, enviar e receber informação.

Roupas-antenas poderão oferecer comunicação sigilosa para soldados, monitoramento sem fio para doentes e uma recepção muito melhor, simplesmente falando junto do colarinho.

Ainda vai demorar um ano para que o doutor Volakis e sua equipe desenvolvam roupas-antenas para civis, mas seu laboratório colocou antenas em um colete à prova de balas do Exército americano no último verão.

O colete, com um painel de antena quadrado embutido na frente e três nas costas, é como "ter mais pares de olhos ou ouvidos", disse Chi-Chih Chen, o engenheiro elétrico que liderou o projeto.

As antenas normais perdem recepção quando são bloqueadas por um corpo humano, e as incômodas antenas usadas pelos soldados não conseguem capturar sinais vindos do alto. A comunicação é limitada quando uma antena fica na horizontal, como quando os soldados rastejam.

"É aí que uma antena usável no corpo será eficaz", disse Steve Goodall, chefe de tecnologia e análise de antenas para o departamento de comunicações e pesquisa, desenvolvimento e engenharia eletrônica do exército americano. "Você pode desdobrar as antenas para cobrir uma área maior."

O doutor Chen está trabalhando com a Applied EM, uma empresa de pesquisa e desenvolvimento de antenas na Virgínia, para comercializar a tecnologia. O presidente da empresa, C.J. Reddy, disse que cada unidade será vendida a partir de US$ 1 mil, mas o preço deverá cair conforme aumentar a produção.

Equipamentos de comunicação "vestíveis" datam de pelo menos o final dos anos 1990, quando uma equipe do Instituto de Tecnologia da Geórgia desenvolveu a Placa-mãe Usável, uma camiseta eletrônica sem antenas, mas com diversas portas de entrada e saída - incluindo um termômetro, um microfone, monitor de oxigênio no sangue e fones de ouvido - para ajudar a monitorar a saúde dos soldados.

O doutor Volakis está trabalhando para desenvolver um avental hospitalar com antena, capaz de transmitir dados como batimentos cardíacos para um computador de um profissional de saúde. Esse monitoramento sem fio também poderá ajudar doentes e idosos que ficam em casa.

Um avental-antena precisa ser maleável, por isso deve ser feito de fios que não apenas conduzam eletricidade, mas que também sejam macios e laváveis. A equipe de Volakis está experimentando materiais de alta tecnologia como nanotubos de carbono e grafeno, para tentar preencher esses requisitos e diz que os tecidos inteligentes poderão melhorar a vida de qualquer pessoa que deseje um sinal mais forte de telefone celular.

Fonte: http://textileindustry.ning.com

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

21/11 - Transistores de algodão abrem caminho para roupas eletrônicas

Transistores de algodão
Roupas eletrônicas
Há cerca de um ano, uma equipe da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, criou fibras de algodão capazes de conduzir eletricidade.
Isto abriu pela primeira vez a possibilidade de criar roupas inteligentes sem a necessidade de misturar fios metálicos com as fibras durante o processo de tecelagem (vide link abaixo).
Agora, a equipe do Dr. Juan Hinestroza deu um salto rumo não apenas a roupas dotadas de alguma compatibilidade com os equipamentos eletrônicos, mas roupas que verdadeiramente incorporem os circuitos eletrônicos.
Equipamentos eletrônicos de vestir
A equipe de Hinestroza usou seus fios eletrificados de algodão como base para criar transistores totalmente funcionais.
"A criação de transistores de fibras de algodão abre a perspectiva para a integração total dos eletrônicos com os tecidos, permitindo a criação de equipamentos eletrônicos de vestir," afirmou o pesquisador.
Entre as possibilidades para o curto prazo, o pesquisador aponta tecidos capazes de monitorar a temperatura do corpo, aquecendo-se ou resfriando-se automaticamente em resposta a essas variações de temperatura.
Os primeiros circuitos eletrônicos de vestir, segundo ele, deverão ser monitores biomédicos, para acompanhar o ritmo cardíaco e a pressão sanguínea de pacientes, assim como monitores físicos para atletas de ponta.
"Talvez um dia nós possamos até mesmo construir computadores de fibras de algodão de forma similar ao quipu, um instrumento de registro contábil baseado em nós usado pelo império Inca, no Peru," afirma o pesquisador.
Transistores de algodão
A técnica usa uma mistura de nanopartículas de ouro e polímeros condutores e semicondutores para ajustar o comportamento das fibras naturais de algodão.
Esses polímeros, frutos da chamada eletrônica orgânica, são os responsáveis pelo salto em relação aos fios eletrificados de algodão, demonstrados anteriormente, e foram obtidos em colaboração com equipes italianas e francesas.
A nova mistura permitiu a criação de um revestimento perfeito da superfície irregular dos fios naturais de algodão, permitindo ajustar suas propriedades eletrônicas.
As camadas de revestimento são aplicadas umas sobre as outras, mas cada uma delas é tão fina que mesmo o conjunto todo não chega a afetar a flexibilidade do algodão.
Os pesquisadores demonstraram o funcionamento de dois tipos de transistores, o mais tradicional transístor de efeito de campo e um transístor eletroquímico orgânico, também já usado industrialmente.
Bibliografia:
Organic electronics on natural cotton fibres
Giorgio Mattanaa, Piero Cosseddua, Beatrice Frabonib, George G. Malliarasc, Juan P. Hinestrozad, Annalisa Bonfiglio
Organic Electronics
Vol.: 12, Issue 12, December 2011, Pages 2033-2039
DOI: 10.1016/j.orgel.2011.09.001
Fonte: Site Inovação Tecnológica

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

05/10 - Camiseta High-Tech Substitui Fios em Monitoramento de Pacientes

 

Roupa inteligente faz monitoramento de pacientes em hospital espanhol (Foto: Divulgação/Universidade Carlos III)

Modelo criado por universidade está em testes em hospital na Espanha. Aparelho envia dados de saúde pela internet, por meio de conexão wi-fi.

Roupa inteligente faz monitoramento de pacientes em hospital espanhol

Cientistas da Universidade Carlos III, em Madri, desenvolveram uma roupa inteligente que substitui eletrodos colados ao corpo no monitoramento de funções vitais de pacientes em hospitais. O protótipo reduz custos e é mais confortável, segundo os pesquisadores.

O modelo é montado a partir de uma camiseta regata de algodão, e contém sensores sem fio para medição da atividade cardíaca. O sistema pode levar ainda um termômetro e um GPS para localização do paciente.

"O problema com os equipamentos de monitoramento atual é que eles são muito intrusivos, e o movimento do paciente é limitado pelos cabos. Nosso modelo é vestido normalmente. O objetivo era criar algo que o paciente nem note que está usando", afirmou José Ignacio Moreno, do departamento de engenharia e telemática da universidade espanhola.

O modelo é o resultado de dois anos de pesquisa e desenvolvimento, que foram apoiados por empresas privadas. O produto já está em teste na unidade de cardiologia do hospital La Paz, em Madri.

As informações coletadas pela roupa são transmitidas pela internet, por meio de tecnologia wi-fi, mas Moreno afirma que é possível criar uma versão com conexão GSM, via rede de telefonia celular. Isso permitiria, por exemplo, que o paciente utilizasse o equipamento em casa, sem interromper o monitoramento.

Fonte: www.textileindustry.com

quarta-feira, 8 de junho de 2011

08/06 – Ciência na Industria Têxtil e de Confecção

Criadores da indústria têxtil estão tentando transformar a arte da moda em ciência pura. A química orgânica, a nanotecnologia, a termoeletricidade e a própria moda estão contribuindo para que, no futuro, as roupas possam gerar eletricidade, limpar o ar e até proteger a saúde dos seres humanos. Confira uma lista dessas roupas que, em alguns casos, continuam estilosas:

Roupa à prova de fogo

Feito de uma fibra especial, o macacão criado pela companhia Lamination Technologies, nos Estados Unidos, resiste à temperatura de 982 ºC. O modelo com somente uma camada de tecido protege o usuário de queimaduras sérias por cerca de 7 segundos. Se ele optar por usar o de duas camadas, vai estar protegido do fogo por 12 segundos. Assista abaixo ao vídeo em que um boneco testa a roupa especial:

Roupa resistente ao fogo

 

Casaco à prova de água e de raios UV
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Roupa impermeável não é novidade. Mas pesquisadores da Northeast Normal University, na China, inventaram a jaqueta que, além de bloquear a água, protege também sua pele dos raios ultravioleta. A base de algodão revestida com óxido de zinco dá à roupa esta capacidade, e o silicone sobre os revestimentos a torna impermeável.

Conversão de ondas sonoras em energia
Alunos da American University of Sharjah, nos Emirados Árabes, estão tentando criar eletricidade a partir de muito barulho. A investida é nos materiais piezoelétricos, que geram tensão quando neles é aplicada uma pressão. O som, especialmente em ambientes barulhentos, pode induzir pressão suficiente para criar uma pequena voltagem, capaz de carregar um celular, por exemplo. Segundo os alunos, quando pronto, esse gadget pode ser incorporado em roupas ou sapatos.

Sapato elétrico
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Pesquisadores da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, estão trabalhando em uma bota que, com o andar do usuário, pode produzir até 1 watt de potência. O gerador (foto acima) tem tamanho de apenas 10 cm e é feito a partir de elastômeros dielétricos, materiais elásticos capazes de gerar eletricidade quando são esticados. O seu custo de fabricação é de apenas US$ 3,70.

Roupa movida a calor humano

Denominado de The Solar Soldier (o soldado solar, em tradução livre), o conceito se baseia em uma roupa com propriedades termoelétricas e fotovoltaicas para gerar energia. Os criadores, que são do Reino Unido, afirmaram que o sistema pode fornecer energia continuamente para rádios, GPS e armas, por exemplo, mas pesando metade do que pesam as baterias tradicionais. E adivinhem o que o alimenta? Calor humano e energia solar.

Calças purificadoras

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A designer britânica Helen Storey tem trazido a ciência para a moda com a ajuda de sua irmã, que é cientista. Em outubro de 2010, ela lançou um vestido cujo desenho lembra os tubos bronquiais do corpo humano. O objetivo era ilustrar que as roupas podem também eliminar os poluentes do ar. Neste ano, Helen apostou nos jeans, aos quais foram incorporadas propriedades catalíticas que também ajudam a purificar o ar.

Moda autolimpante

Não seria ótimo se as roupas se limpassem sozinhas? Pesquisadores australianos estão cuidando disso. Fibras naturais, como lã, seda e linho, foram revestidas com nanopartículas de dióxido de titânio – usado normalmente em pinturas e nos protetores solares. Quando as manchas são expostas à luz solar, o elemento decompõe a matéria orgânica e deixa o tecido intacto.

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Uniformes de games
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A Philips está criando um tecido flexível preenchido com LED’s, que será lançado no fim do ano. Segundo os criadores, a camiseta pode ser vendida a US$ 100. Os símbolos não parecem personagens do Super Mario Bros.?

FONTE: Galileu

segunda-feira, 5 de abril de 2010

05/04 – Roupas inteligentes que virão para facilitar nossas vidas

Nos próximos anos, estaremos enchendo os nossos armários com camisas inteligentes, que poderão ler nossa freqüência cardíaca e respiratória, e jaquetas musicais com teclados embutidos de fábrica. Monitores de diodo de baixa emissão de luz (LED) podem ainda ser integrados para mostrar texto e imagens. Roupas computadorizadas serão a próxima etapa para tornar portáteis computadores e equipamentos sem ter de prender dispositivos eletrônicos em nossos corpos ou encher os bolsos com bugigangas. Estas novas roupas digitais não são necessariamente projetadas para substituir o seu PC, mas serão capazes de executar algumas de suas funções.

Roupas computadorizadas são a última palavra em tecnológica portátil. Nesta edição, iremos estudar como estas roupas são feitas, quem as produz e que tipo de produtos poderemos usar na próxima década.

Assim como todas as roupas, o vestuário computadorizado começa com sua própria linha. Algodão, poliéster ou cetim não têm as propriedades necessárias para transportar corrente elétrica às roupas digitais. Entretanto, fios metálicos não são novidade à indústria de roupas. Vimos estes tecidos metálicos, usados para fazer manifestações de moda, durante anos. Pesquisadores estão usando organza de seda, um tecido único que foi usado para fazer roupas na Índia por pelo menos um século.


Organza de seda é
ideal para roupas computadorizadas porque é feita de duas fibras que a torna condutora de eletricidade. A primeira fibra é justamente um fio de seda comum, mas na direção oposta do fio da fibra está a linha de seda que é envolvida em uma fina lâmina de cobre. É esta lâmina de cobre que dá à organza de seda a capacidade de conduzir eletricidade. Cobre é um bom condutor de eletricidade e, alguns fabricantes de microprocessador, estão começando a usar o cobre para acelerar estes equipamentos.

O fio metálico é preparado como o fio telefônico de núcleo de pano, de acordo com os pesquisadores do MIT (Massachusetts Institute of Technology). Se cortarmos um cabo telefônico em espiral, encontraremos um condutor que é feito de uma lâmina de cobre rodeando um núcleo de fios de náilon ou de poliéster. Pelo fato de os fios metálicos poderem resistir a altas temperaturas, eles podem ser costurados ou bordados com o uso de maquinário industrial. Esta propriedade os torna muito promissores para a produção em massa de roupas computadorizadas.

A organza de seda não é apenas um bom condutor elétrico, sendo as suas fibras espaçadas em intervalos adequados. Desse modo, elas podem ser individualmente endereçadas. Uma tira do tecido pode, basicamente, funcionar como um cabo de fita. Cabos de fita são usados em computadores para conectar drivers de disco aos controladores. Um problema em se usar organza de seda pode aparecer se os circuitos tocarem uns aos outros. Por esta razão, os cientistas usam um material isolante para encapar ou sustentar o tecido.

Uma vez que o tecido é cortado no formato desejado, outros elementos precisam ser anexados, como resistores, capacitores e bobinas. Esses componentes são costurados diretamente no tecido. Componentes adicionais, como LEDs, cristais, transformadores piezoelétricos e outros componentes montados nas bases, se necessário, são soldados diretamente nos fios metálicos. Outros equipamentos eletrônicos podem ser presos no tecido usando-se uma espécie de garra, que fura a linha para criar um contato elétrico. Estes equipamentos podem ser facilmente removidos para limpar o tecido.

Na Georgia Tech, pesquisadores desenvolveram outro tipo de linha para fazer roupas inteligentes. Esta camisa inteligente, é feita de fibras ópticas de plástico e de outras fibras especializadas, costuradas no pano. Estas fibras condutoras ópticas e elétricas vão permitir à camisa comunicar-se, sem fio, com outros equipamentos, transferindo dados dos sensores embutidos nela. Muitas companhias já estão explorando a possibilidade de nos vestir com roupas computadorizadas. Podem ser citadas a IBM, Levis, Philips, Nike e Sensatex. Na Europa, a Levis já está testando a jaqueta musical desenvolvida pelo MIT Media Lab (Departamento de Pesquisa Arquitetura e Urbanismo do MIT).

Fonte: Textile Industry

Tecnologia para facilitar nosso dia-a-dia.

Uma ótima semana a todos.

Atenciosamente.

Sandro F. Voltolini

domingo, 29 de março de 2009

29/03 - Meias com fios inteligentes da "Sun Cover"

A "Sun Cover",empresa dedicada à produção de artigos têxteis especiais, está fazendo o lançamento de uma nova coleção de meias bacteriostáticas confeccionadas a partir de 'Amni Biotech', fio têxtil inteligente da 'Rhodia'. Entre os benefícios oferecidos pelo novo produto, que é destinado ao uso cotidiano ou na prática de atividades físicas, destaca-se o extremo conforto para os pés, uma vez que o fio inteligente impede a proliferação de microorganismos causadores do odor desagradável e do aparecimento de micoses. “Para proteção e conforto dos pés, as meias são tão importantes quanto um bom calçado”, afirma Mariana Maia, da "Sun Cover", ao informar os diferenciais do novo produto, que foi feito em poliamida - a melhor escolha para a fabricação de meias bacteriostáticas. A poliamida permite a produção de tecidos suaves e com baixo índice de atrito na pele em relação a outras fibras naturais, o que oferece automaticamente uma proteção contra a formação de bolhas. Além disso, facilita a drenagem do suor, oferecendo ótimo controle da umidade, devido à facilidade da evaporação. “Consequentemente, há um controle da temperatura que proporciona uma notável sensação de bem estar. Ao final do dia, a meia oferecerá o mesmo frescor de quando foi colocada nos pés pela manhã”, garante Mariana Maia. A função bacteriostática presente no “DNA” do fio da 'Rhodia' maximiza a proteção, que permanece ativa durante toda a vida útil do produto, mesmo que seja submetido a lavagens diárias.
Fonte: 'Revista Têxtil'
Uma boa semana.
Sandro F. Voltolini