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quarta-feira, 8 de junho de 2011

08/06 – Ciência na Industria Têxtil e de Confecção

Criadores da indústria têxtil estão tentando transformar a arte da moda em ciência pura. A química orgânica, a nanotecnologia, a termoeletricidade e a própria moda estão contribuindo para que, no futuro, as roupas possam gerar eletricidade, limpar o ar e até proteger a saúde dos seres humanos. Confira uma lista dessas roupas que, em alguns casos, continuam estilosas:

Roupa à prova de fogo

Feito de uma fibra especial, o macacão criado pela companhia Lamination Technologies, nos Estados Unidos, resiste à temperatura de 982 ºC. O modelo com somente uma camada de tecido protege o usuário de queimaduras sérias por cerca de 7 segundos. Se ele optar por usar o de duas camadas, vai estar protegido do fogo por 12 segundos. Assista abaixo ao vídeo em que um boneco testa a roupa especial:

Roupa resistente ao fogo

 

Casaco à prova de água e de raios UV
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Roupa impermeável não é novidade. Mas pesquisadores da Northeast Normal University, na China, inventaram a jaqueta que, além de bloquear a água, protege também sua pele dos raios ultravioleta. A base de algodão revestida com óxido de zinco dá à roupa esta capacidade, e o silicone sobre os revestimentos a torna impermeável.

Conversão de ondas sonoras em energia
Alunos da American University of Sharjah, nos Emirados Árabes, estão tentando criar eletricidade a partir de muito barulho. A investida é nos materiais piezoelétricos, que geram tensão quando neles é aplicada uma pressão. O som, especialmente em ambientes barulhentos, pode induzir pressão suficiente para criar uma pequena voltagem, capaz de carregar um celular, por exemplo. Segundo os alunos, quando pronto, esse gadget pode ser incorporado em roupas ou sapatos.

Sapato elétrico
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Pesquisadores da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, estão trabalhando em uma bota que, com o andar do usuário, pode produzir até 1 watt de potência. O gerador (foto acima) tem tamanho de apenas 10 cm e é feito a partir de elastômeros dielétricos, materiais elásticos capazes de gerar eletricidade quando são esticados. O seu custo de fabricação é de apenas US$ 3,70.

Roupa movida a calor humano

Denominado de The Solar Soldier (o soldado solar, em tradução livre), o conceito se baseia em uma roupa com propriedades termoelétricas e fotovoltaicas para gerar energia. Os criadores, que são do Reino Unido, afirmaram que o sistema pode fornecer energia continuamente para rádios, GPS e armas, por exemplo, mas pesando metade do que pesam as baterias tradicionais. E adivinhem o que o alimenta? Calor humano e energia solar.

Calças purificadoras

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A designer britânica Helen Storey tem trazido a ciência para a moda com a ajuda de sua irmã, que é cientista. Em outubro de 2010, ela lançou um vestido cujo desenho lembra os tubos bronquiais do corpo humano. O objetivo era ilustrar que as roupas podem também eliminar os poluentes do ar. Neste ano, Helen apostou nos jeans, aos quais foram incorporadas propriedades catalíticas que também ajudam a purificar o ar.

Moda autolimpante

Não seria ótimo se as roupas se limpassem sozinhas? Pesquisadores australianos estão cuidando disso. Fibras naturais, como lã, seda e linho, foram revestidas com nanopartículas de dióxido de titânio – usado normalmente em pinturas e nos protetores solares. Quando as manchas são expostas à luz solar, o elemento decompõe a matéria orgânica e deixa o tecido intacto.

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Uniformes de games
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A Philips está criando um tecido flexível preenchido com LED’s, que será lançado no fim do ano. Segundo os criadores, a camiseta pode ser vendida a US$ 100. Os símbolos não parecem personagens do Super Mario Bros.?

FONTE: Galileu

sexta-feira, 3 de junho de 2011

03/06 - Alta no algodão encarece o vestuário em até 30%

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Inflação de 48% no último ano do popular material afeta novas coleções têxteis repassam parte do custo para roupas de inverno; importações da China crescem 33% entre janeiro e abril

Com a alta histórica no preço do algodão, a coleção de roupas Verão 2012, exibida a partir desta semana nas passarelas do Fashion Rio, começa a chegar às lojas em agosto com preços entre 10% e 20% maiores do que os do ano passado.

Seis em cada dez peças fabricadas pelas empresas têxteis brasileiras são feitas de algodão ou têm, em maior parte, essa matéria-prima em sua composição.

Pressionadas pelo custo do algodão -que chegou a subir 248% no mercado entre 30 de setembro de 2009 a 15 de março deste ano e 48% nos últimos 12 meses-, confecções de pequeno a grande porte do país reajustam os preços pela segunda vez com a nova coleção.

Parte delas já havia repassado o custo da matéria-prima para a coleção de inverno. As peças dessa temporada ficaram, em média, 15% a 18% mais caras do que as da mesma coleção em 2010.

"A indústria têxtil repassa somente em parte o custo da matéria-prima e carrega em parte esse custo. A coleção de inverno foi produzida com o algodão no pico de seu custo. E a de verão foi negociada com os preços ainda elevados", diz Aguinaldo Diniz Filho, presidente da ABIT, associação que reúne a indústria têxtil e de confecção.

Responsável pela coleção da R.Groove, marca que surgiu em 2007 e participa pela quinta vez do Fashion Rio, Rique Gonçalves afirma que, além dos problemas de custo, as grifes também tiveram de enfrentar falta de insumos neste ano.

"A moda verão é feita praticamente 90% de algodão, não há como substituir esse material, como se faz no inverno. Como a demanda estava aquecida, alguns fornecedores atrasaram a entrega. A disputa para conseguir comprar mais lotes de algodão foi maior neste ano", afirma o designer.

As peças da R.Groove estão entre 10% e 15% mais caras do que os preços da coleção de verão passada, segundo Gonçalves.

"O setor já enfrenta problemas com impostos elevados, escassez de mão de obra. Essa questão da matéria-prima só empurra as empresas para trazer cada vez mais produtos de fora."

Na Cotton de Fadas, da designer Cristina Daher, os preços de algumas peças foram reajustados em até 30%. "Não tenho como absorver o custo do algodão porque minha produção é pequena."

PREOCUPAÇÃO

O aumento das importações de produtos têxteis -em sua maior parte da China- é uma das maiores preocupações do setor, segundo a ABIT. De janeiro a abril deste ano, as importações cresceram 33%, enquanto as exportações aumentaram 5,8%.

"A previsão de déficit na nossa balança comercial é da ordem de US$ 5 bilhões. Isso mostra enfraquecimento da indústria e nos preocupa", diz o presidente da ABIT.

Fonte: ABIT / Folha de S. Paulo

quarta-feira, 18 de maio de 2011

18/05 - Os jeans do futuro: verão 2011 virá leve e confortável

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A jegging continua como aposta das tecelagens para o verão 2011

Leveza e conforto são as palavras-chaves para o jeanswear no verão 2011. Pelo menos, se depender das grandes tecelagens. Canatiba, Vicunha e Tavex foram unânimes ao usar os adjetivos “leve” e “confortável” para descrever o que vem por aí.
      Seguindo as mesmas direções apontadas pelo bureau de tendências WGSN, que usa “simplicidade modesta”, “workwear”, “vintage” para explicar os rumos da próxima estação, o que deve aparecer é um jeans claro e com toque muito suave em peças como “vestidos, macacões e shorts”, segundo Marli Guth, gerente de marketing da Canatiba.
        Outra aposta citada pelas três empresas é a JEGGING– todas produziram opções de jeans com elastano para a confecção da calça. “Vivemos dois opostos, de um lado, o rústico, com um jeans mais limpo, menos carregado, leve e com volume, e, do outro,  temos a silhueta muito justa e do jeans strech”, explica Sueli Pereira, gerente de moda e desgin da Tavex.
        Marmorizados, manchados respingados, que já apareceram no inverno 2010, continuam. Novidade: “O color denim está voltando com tudo. Principalmente em cores fortes como verde, rosa, roxo, amarelo”, diz Renata Guarniero, gerente de marketing da Vicunha. E mais, “as cargos em versão skinny também”, finaliza.

Fonte: http://textileindustry.ning.com

quinta-feira, 28 de abril de 2011

28/04 - Depois dos BRICs, agora é a vez dos CIVETS


Da mesma forma que os países do BRIC (Brasil, Russia, India e China), os mercados que compõem o CIVETS – Colômbia, Indonésia, Vietnam, Egito, Turquia e África do Sul – são destinos relevantes às empresas de moda globais na sua rota expansionista.


Saiba porquê pela voz de quem conhece.


Depois de ter revelado as vantagens dos BRIC na estratégia de internacionalização das cadeias de varejo de moda, Ira Kalish, diretor de economia global da Deloitte Research, analisou os mercados que compõem o Civets.



Colômbia
"Este é o único país na América do Sul que não teve muita atenção na última década", afirmou Kalish. "A Colômbia não recebeu a atenção que Brasil, Argentina e Chile receberam porque decorria uma guerra contra a droga e era um lugar perigoso", explicou.
"Agora mudou, a guerra contra a droga foi amplamente vencida e é seguro instalar-se nas principais cidades do país. As Cadeias estrangeiras estão agora olhando para a Colômbia como uma nova fronteira. É um lugar relativamente jovem, onde o crescimento econômico está acelerando e existe muitos frutos para colher. Há uma grande população e o crescimento da classe média deverá ser significativo", concluiu o diretor de economia global da Deloitte Research sobre a Colômbia.


Indonésia
"A Indonésia é frequentemente chamada de o quinto BRIC, e está evoluindo razoavelmente bem, com mais de 200 milhões de habitantes e uma população relativamente jovem", disse Kalish. "Também aqui existem muitos frutos para colher, mas não é ainda um setor de varejo muito moderno. Esteve à beira disso no final dos anos 90, antes de ser atingida por uma grande crise financeira na altura em que as grandes Cadeias do varejo, incluindo Wal-Mart e JCPenney, saíram do mercado. Mas o Carrefour permaneceu. O país parece agora ser mais estável do que era. É uma democracia e a economia está evoluindo bem. Está em parte dependente do petróleo, mas também possui produção, por isso as perspectivas econômicas para a Indonésia são muito boas".


Vietnã
"Este mercado é frequentemente comparado com a China de há 20 ou 25 anos atrás e está crescendo muito rapidamente", explicou Kalish. "É ex-comunista, mas tem se orientado para o mercado. No entanto, há algumas questões sobre como rápida as autoridades estão dispostas a fazer essa mudança de orientação", prosseguiu.
"Já no ano passado, houve controle de preços, atitude anti-mercado, mas ainda assim o crescimento da economia está atraindo um grande número de investimentos estrangeiros, tanto na fabricação como no varejo", revelou o diretor de economia global da Deloitte Research. "O país tem um setor de varejo muito fragmentado. Na cidade de Saigão, por exemplo, existem 2.000 mercados e 6.000 cadeias independentes e ainda assim a maior cadeia no Vietnã possui apenas 70 lojas. Portanto, existe claramente uma grande fragmentação, mas a possibilidade das cadeias estrangeiras entrarem e desenvolverem algo é muito interessante".



Egito
"Já se falava sobre o Egito muito antes da revolução, pois desde há alguns anos o país tem tido um desempenho econômico muito bom", referiu Kalish. "O Egito não teve recessão quando esta ocorreu no resto do mundo. Mas um dos problemas foi que todo este crescimento econômico estava acumulado no estrato superior da sociedade, como costuma acontecer, criando ressentimentos. Agora, após a revolução, existe alguma incerteza sobre para onde irá o Egito a partir daqui. Poderá ser uma democracia estável, com um forte crescimento econômico ou poderá deslocar-se na mesma direção do Irã, após a sua revolução".
O diretor de economia global da Deloitte Research considera que "esta incerteza vai provavelmente afastar os investimentos estrangeiros, mas o Egito tem potencial para ser um mercado de varejo muito atraente e a possibilidade de um crescimento econômico razoavelmente forte".



Turquia
Segundo Ira Kalish, trata-se de uma economia que "tem registrado um desempenho muito bom. Obviamente que possui laços estreitos com a Europa, embora provavelmente não venha a ser um membro da União Europeia num curto espaço de tempo. Tem acesso relativamente livre a esse mercado, o que lhe dá vantagem". Kalish afirmou ainda que "Istambul também se tornou um centro de negócios para a Ásia Central e o Médio Oriente e a política econômica tem sido muito boa. A Turquia tem suprimido a inflação, possui uma boa política fiscal e está aberta aos investidores estrangeiros. O país possui um setor muito moderno e regional (sem depender da importação) no varejo – por isso é claramente um mercado muito atraente no futuro".



Turquia: o mundo está de olho nos países em desenvolvimento


África do Sul
"A África do Sul tem atraído muita atenção ultimamente porque a Wal-Mart está entrando no mercado", revelou Kalish. "Isso porque a África em geral está começando a atrair investidores, pela primeira vez em 50 anos. Grande parte da África Subsaariana registrou um crescimento econômico quase nulo na última metade do século passado", acrescentou.
"É notável considerar o fato de que há 50 anos o rendimento per capita no Quênia era mais ou menos como o da Coreia do Sul. Hoje em dia, a Coreia do Sul é um país muito rico e o Quênia é um país muito pobre, por isso a África simplesmente não cresceu. No entanto, isso está mudando e, nos últimos cinco anos, temos visto um crescimento econêmico significativo em toda a África Subsariana. Eu acredito que vamos ver mais investimento estrangeiro no mercado Sul-Africano de varejo", concluiu o diretor de economia global da Deloitte Research na sua análise sobre o Civets durante a Retail London Conference, que teve lugar no início deste mês na capital britânica.


Fonte: http://textileindustry.ning.com e www.portugaltextil.com

quinta-feira, 14 de abril de 2011

14/04 – A vantagem competitiva

 

Ainda encontramos adeptos do velho ditado “quem tem a informação tem o poder”, mas cada vez menos.
Fico feliz quando em alguns projetos damos saltos tecnológicos, mas também atento para que os gestores tenham consciência que aquela vantagem competitiva não será duradoura.
Todos os avanços tecnológicos serão repassados ao mercado, rapidamente, pois constituem os diferenciais competitivos dos fornecedores.
Empresas, cujas culturas estão voltadas ao aprendizado e evolução, sabem que o mercado é sábio e encontra usos inimagináveis para seus materiais e máquinas.
Gosto da complexidade da palavra serendipty, pois nos alerta para o óbvio: atenção aos fatos!
Ainda que a palavra defina as descobertas ao acaso, na realidade estas ocorrem por observação, pois a análise de algo inesperado é que leva ao seu aproveitamento.
Um pequeno exemplo de grande efeito, com alguma história e um pouco de lenda:
Em 1894, o médico John Harvey Kellogg era superintendente do Battle Creek, hospital para tratamento de doenças crônicas em Michigan.
Ele e seu irmão, Will Keith Kellogg, adventistas do sétimo dia, estavam procurando alimentos saudáveis para dar aos pacientes, que também respeitassem a dieta vegetariana.
Will ao preparar a massa de trigo para fazer granola deixou uma quantidade descansando. Quando foi utilizá-la viu que estava ressecada. Poderia tê-la jogado fora, mas não o fez.
Aqui está o primeiro diferencial.
O que você teria feito?
John e Will resolveram afiná-la nos cilindros para fazer folhas para massa de pão. O resultado foram flocos. Novamente não a jogaram fora.
Segundo diferencial.
O que você teria feito?
Assaram os flocos e estes foram muito bem aceitos pelos pacientes. Tiveram a coragem de fazer a experimentação. Terceiro diferencial.
O que você teria feito?
Patentearam o produto com o nome de Granose. Acreditaram no futuro da descoberta. Quarto diferencial.
O que você teria feito?
Experimentaram, então, fazer os flocos com vários grãos, inclusive milho, e em 1906, Will criou a empresa Kellogg’s para vender os corn flakes. Apostaram na idéia! Quinto diferencial.
O que você teria feito?
John recusava-se a continuar na sociedade porque Will ao adicionar açúcar à massa reduzira os benefícios do cereal à saúde. Apesar do descontentamento continuou. Sexto diferencial.
E você, o que teria feito?
Bom, não é necessário falar sobre o sucesso da idéia, não é verdade?
Ora, mas hoje não estão sozinhos no mercado, outra verdade não?
Este é apenas um exemplo, entre tantos outros. Algumas idéias foram superadas, outras caíram em desuso, apesar de terem gerado fortunas.
É a velha história da manteiga ou margarina. Você encontrará defensores e acusadores para os dois produtos. A questão não se resume a quem tem razão, mas a quem tem os melhores argumentos.
Assim é feito o julgamento no mercado e se desenvolve a motivação para compra.
Quando produtos similares e substitutos concorrem para conseguir a atenção dos consumidores, a vantagem está com quem erra menos.
Neste momento, quem errar menos na exposição dos argumentos conseguirá nos vender uma esteira.
Ocorre que todos são muito parecidos, por isso temos protelado a compra!

Fonte: Ivan Postigo / www.ogerente.com.br

domingo, 3 de abril de 2011

03/04 - Adolescente britânico cria jeans que é 'tocado' como uma bateria

Um adolescente britânico venceu um prêmio de engenharia depois de criar uma calça jeans que pode ser “tocada” como uma bateria.

O jeans de Aseem Mishra, de 17 anos, tem sensores. Basta bater os pés nos chão ou bater nas coxas e joelhos para tocar o instrumento musical.

Aseem Mishra ganhou prêmio por calça jeans com bateria

Aseem Mishra ganhou prêmio por calça jeans com bateria

Segundo ele, a calça tem oito sensores diferentes, cada um responsável por reproduzir um som. Com um cabo, a calça é ligada a uma mochila, onde há circuitos que fazem o som ser amplificado.

Pela invenção, Mishra ganhou um troféu e um prêmio de mil libras (cerca de R$ 2,6 mil) em uma feira de jovens inventores em Londres.

Esta não foi a primeira vez que o adolescente ganhou um prêmio por uma invenção. Em 2010, Mishra foi premiado ao apresentar uma bateria em que cada parte acende quando é tocada.

Fonte: www.bbc.co.uk/portuguese

Boa semana a todos!!!

terça-feira, 22 de março de 2011

22/03 - Algodão deve bater recorde na safra 2010/2011

Colheita começa em maio com perspectiva de preços altos e bons lucros para os produtores.

por Globo Rural Online

 Shutterstock

A colheita do algodão começa a partir de maio no Nordeste brasileiro com perspectiva de bons lucros para os produtores. De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), os preços são os melhores já registrados nos últimos 140 anos, com a arroba custando em torno de R$ 120, contra os R$ 35 da safra passada. Em todo o país, o aumento da área plantada com a cultura foi de 56% desde 2009, o que alimenta as estimativas de uma safra recorde em 2010/2011, da ordem de 1,95 milhão toneladas. No oeste da Bahia, por exemplo, a área ocupada pela cultura é 48% maior que em 2009/10, com 362,7 mil hectares. A produção também deve disparar, com 58% de incremento estimado, num total de 587,6 mil toneladas de algodão em pluma neste ciclo.
Um dos destaques desta safra são as cultivares de algodão colorido desenvolvidas pela Embrapa. Segundo o órgão, a principal vantagem dessas variedades com relação às de algodão branco é o fato de serem mais valorizadas no mercado, além de reduzirem os custos da indústria e serem ecologicamente corretas, uma vez que dispensam as fases de preparo para tingimento, o que requer a utilização de produtos químicos. Além de reduzir o consumo de água e energia, o algodão colorido diminui a quantidade de efluentes a serem tratados.
As roupas produzidas com esse tipo de fibra são muito procuradas, principalmente por pessoas alérgicas a corantes e para uso por recém-nascidos. Quatro variedades coloridas desenvolvidas pela Embrapa Algodão (Campina Grande – PB) e comercializadas pelo Escritório da Embrapa Transferência de Tecnologia, se destacam para a produção na região Nordeste: BRS Topázio, BRS Verde, RS Rubi e BRS Safira.

Variedades

Lançada no ano passado, a BRS Topázio apresenta uma fibra de coloração uniforme, macia e resistente. Sua tonalidade marrom claro atende a demanda das pequenas indústrias que trabalham com algodão colorido, já que maioria das cultivares existentes são de tonalidade marrom escura. Com alto rendimento de fibra, 43.5% em média, em ensaios conduzidos no Nordeste, as características da Topázio superam as cultivares coloridas existentes até o momento, como a BRS Safira, e equiparam-se à cultivar BRS Araripe, de fibra branca, além de possuir rendimento de algodão em caroço superior às duas cultivares.
A BRS Rubi e a BRS Safira são bastante produtivas em condições de sequeiro, alcançando um rendimento médio de 1,8 tonelada por hectare e 1,9 tonelada por hectare de algodão em caroço e, em regime irrigado, com rendimento médio superior a 3,5 toneladas por hectare de algodão em caroço. Apresentam uma tonalidade marrom escura ou marrom avermelhada e são as primeiras cultivares no país com essa característica de cor da pluma. Já a BRS Verde tem potencial de rendimento de até 2,5 quilos por hectare, em sequeiro, no Nordeste do Brasil, podendo ser cultivada também em regime irrigado.

Fonte:revistagloborural.globo.com