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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

26/10 - Estática dá nova dinâmica às roupas eletrônicas

 

A energia gerada pelo material piezoelétrico é reforçada pelos efeitos eletrostáticos, gerando uma tensão e uma corrente significativamente maiores. [Imagem: Kim et al./EDES]

MODA ELETRÔNICA

Os tecidos inteligentes, ou e-tecidos, estão entre os conceitos mais promissores quando o assunto é deixar os equipamentos eletrônicos verdadeiramente portáteis.

De um lado, a eletrônica flexível tem avançado rapidamente, já podendo contar não apenas com fios de algodão que transmitem eletricidade, mas também com transistores de algodão eletrônico.

De outro, o problema é alimentar a eletrônica incorporada nas roupas, o que tem sido feito comnanogeradores, baterias flexíveis e roupas capazes de armazenar eletricidade nas próprias fibras.

Foi neste setor da eletrificação que pesquisadores coreanos conseguiram o avanço mais recente nesse emergente campo da "moda eletrônica".

Híbrido estática-piezoelétrico

Hyunjin Kim e seus colegas da Samsung conseguiram reunir os materiais piezoelétricos - que geram energia a partir do movimento da pessoa que usa a roupa eletrônica - com materiais que capturam a eletricidade estática, que também se acumula com o movimento da roupa.

Nesse sistema híbrido, a energia gerada pelo material piezoelétrico é reforçada pelos efeitos eletrostáticos, gerando uma tensão e uma corrente significativamente maiores.

A parte piezoelétrica usa os já tradicionais nanofios de óxido zinco, usados na maioria dos nanogeradores.

Os nanofios foram incorporados em uma malha feita com fibras artificiais - o tecido propriamente dito - recobertas com prata e, a seguir, com uma película de polietileno.

Eletrizante

Os nanofios piezoelétricos produzem eletricidade quando o tecido da roupa é movimentado, flexionando os nanofios.

Já a eletricidade estática é gerada pelo movimento entre o filme de polietileno e as fibras revestidas com prata.

Com um pedaço de tecido eletrônico de alguns centímetros quadrados, os pesquisadores produziram uma corrente de 2,5 mA, a uma tensão de 8 volts, largamente superior a qualquer outro dispositivo similar.

No experimento de demonstração, o e-tecido gerou energia suficiente para alimentar uma tela de cristal líquido de 9 x 3 centímetros e um LED.

Bibliografia:
Enhancement of piezoelectricity via electrostatic effects on a textile platform
Hyunjin Kim, Seong Min Kim, Hyungbin Son, Hyeok Kim, BoongIk Park, JiYeon Ku, Jung Inn Sohn, Kyuhyun Im, Jae Eun Jang, Jong-Jin Park, Ohyun Kim, SeungNam Chax, Young Jun Park
Energy & Environmental Science
Vol.: 5, 8932
DOI: 10.1039/c2ee22744d

Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br

terça-feira, 23 de outubro de 2012

23/10 - Nanotecnologia tapa o Sol com a peneira

Nanotecnologia tapa o Sol com a peneira
Um material praticamente transparente, que absorva a luz visível e deixa de fora o calor é um sonho longamente perseguido pelos cientistas. [Imagem: Ghenuche et al./PRL]
Nanotela
Ela é literalmente uma peneira, ou uma tela, construída com fios muito finos, de forma a criar uma malha muito precisa.
É claro que, dadas as dimensões, tudo deveria receber o prefixo nano: nanopeneira, nanotela, nanofios e nanomalha.
Mas o que importa é que a nanopeneira tem 15% de sua área coberta pelos fios, sendo 85% espaços vazios.
Ainda assim, ela consegue bloquear quase 100% da luz de um comprimento de onda específico que incide sobre ela.
A nanotela foi criada por Petru Ghenuche e seus colegas do Laboratório de Fotônica e Nanoestruturas em Marcoussis, na França.
Segundo eles, é uma "nanotela fotônica", com possibilidades de aplicações em todos os campos da óptica, incluindo filtros de luz e sensores.
Rede de Bragg
Embora pareça absolutamente estranho que um material que é quase todo espaço vazio possa bloquear a luz, essa possibilidade havia sido teorizada há vários anos.
A grande dificuldade era tecnológica, ou seja, como construir o material que os teóricos haviam calculado, o que exige uma precisão muito grande.
A nanotela foi construída com fios de nitreto de silício muito uniformes, medindo 500 nanômetros de espessura e postos paralelamente a uma distância de 3 micrômetros um do outro.
O resultado é uma espécie de "rede de Bragg", pequenas grades difrativas usadas para manipular a luz em diversas situações - a diferença é que a nanotela é 2D, enquanto as redes de Bragg são 3D.
Nanotecnologia tapa o Sol com a peneira
Um dos espelhos mais eficientes já construídos é baseado em uma rede de Bragg. [Imagem: Michael Huang/UC Berkeley]
Espalhamento da luz
O princípio de funcionamento da nanotela também difere de outras formas de manipulação da luz em nanoescala, que geralmente utiliza fios e superfícies metálicas para tirar proveito dos plásmons de superfície.
A nanotela, que é feita de um material semicondutor, funciona como um cristal, com os fios agindo como uma camada atômica que interfere com a luz.
A luz incidente inicialmente é refletida por um nanofio; a seguir, o resultado dessa reflexão é refletido pelos nanofios ao redor, e assim por diante.
Isso cria ondas de interferência construtiva que multiplicam o processo de espalhamento da luz no plano da nanotela, impedindo a passagem da luz de um comprimento de onda específico.
Tapando as cores da luz
A configuração fabricada pelos pesquisadores é precisa para bloquear a luz infravermelha, que é quase inteiramente refletida pelo material.
Assim, não é de todo correto afirmar que a nanopeneira pode "tapar o Sol", uma vez que cada configuração vai bloquear um comprimento de onda específico.
Mas um material praticamente transparente, que possa absorver a luz visível e deixar de fora o calor, é um sonho longamente perseguido pelos cientistas.
Além de filtrar a luz, isso torna possível, por exemplo, evitar danos a células solares ou permitir a criação de janelas de vidro que deixem passar a claridade, mas não o calor.
Como o processo de fabricação da nanopeneira é complicado e delicado, essas aplicações mais corriqueiras terão que esperar por técnicas mais práticas.
Bibliografia:
Optical Extinction in a Single Layer of Nanorods
Petru Ghenuche, Grégory Vincent, Marine Laroche, Nathalie Bardou, Riad Haidar, Jean-Luc Pelouard, Stéphane Collin
Physical Review Letters
Vol.: 109, 143903
DOI: 10.1103/PhysRevLett.109.14390

segunda-feira, 7 de maio de 2012

07/05 - Tecido antimancha expulsa sujeira e suporta máquina de lavar

Tecido antimancha expulsa sujeira e suporta máquina de lavar

 

 

 

 

 

 

 

 

Nanopartículas de areia funcionalizadas curam-se sob a ação de luz ultravioleta para "amarrar" as camadas antimancha, deixando o tecido muito mais resistente às lavações. [Imagem: Zhao et al. / Langmuir]

Tecido antimancha lavável

Tecidos antimancha podem ser encontrados no mercado sem muita dificuldade.

Mas agora está surgindo uma nova geração de tecidos à prova de sujeira que não são apenas repelentes: eles possuem uma estrutura que atua ativamente contra as manchas.

O novo revestimento mostrou-se capaz não apenas de repelir, mas de expulsar, sujeiras como graxa, cola e outras substâncias grudentas, e até ácidos.

E com uma grande vantagem: o novo material suporta dezenas de lavações em máquina de lavar comum, sem perder sua funcionalidade.

Yan Zhao e seus colegas da Universidade de Deakin, na Austrália, desenvolveram uma técnica de deposição de multicamadas com cargas positivas e negativas dispostas alternadamente.

Isso já é feito nos tecidos antimancha atuais.

O problema é que o material tende a descamar, o que explica porque sua eficiência cai tão rapidamente.

Amarração molecular

O grande truque encontrado pelos pesquisadores australianos para aumentar a durabilidade do tecido antimancha consiste na adição de nanopartículas de sílica - essencialmente uma areia finíssima - revestidas com moléculas do grupo azida, que possuem longas estruturas parecidas com caudas.

Depois que o tecido é mergulhado várias vezes na solução antimancha - para depositar as múltiplas camadas do material - ele recebe a cobertura de nanopartículas funcionalizadas.

Quando submetidas à luz ultravioleta, as caudas das moléculas do grupo azida se entrelaçam, curando-se e criando uma estrutura muito forte que amarra as diversas camadas.

Isto tornou o revestimento muito durável, permanecendo intacto sobre o tecido de algodão após 50 ciclos completos por uma máquina de lavar doméstica.

Os testes de laboratório mostraram que o novo revestimento, aplicado a um tecido de algodão, repeliu água, ácidos, bases e solventes orgânicos.

Hidrofóbico

Chama a atenção em especial a capacidade do revestimento multicamada em repelir água.

O ângulo de contato do revestimento, que é uma medida da capacidade do material em repelir água, alcançou 154 graus, o que o torna uma das superfícies hidrofóbicas mais eficientes que se conhece.

Para comparação, a cera usada em carros tem apenas 90 graus de ângulo de contato, o Teflon tem 95 graus e os produtos que repelem a água da chuva de pára-brisas de carros chegam aos 110 graus de ângulo de contato.

Como as camadas podem ser ajustadas, o material pode ser produzido para atender diversas especificações, dependendo de seu uso.

Por exemplo, ele pode ser usado para revestir sensores e até equipamentos médicos, formando superfícies antibacterianas.

Fonte: http://www.inovacaotecnologica.com.br

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

26/01 - Cresce o Uso de Tecidos Inteligentes

UV

Rhodia Fibras: demanda é maior para fios que protegem contra os raios do sol

O tecido inteligente - aquele que parece couro, sem que nenhum animal tenha sido esfolado, ou que promete reduzir a fadiga muscular ou proteger contra os raios do sol - aumenta a presença na moda. E pode ser exclusivamente sintético ou uma mistura de fibras naturais e artificiais.

Para a estilista Raquel Davidowicz, da grife UMA, é quase impossível pensar numa coleção sem tecidos tecnológicos - sejam eles feitos de fibras naturais, artificiais ou sintéticas. "Os meus clientes já esperam por isso e o investimento em tecidos de última geração virou o nosso diferencial", diz Raquel, cuja grife voltou a desfilar no São Paulo Fashion Week, evento que mostrou coleções de 29 grifes.

Para a próxima estação, a UMA prepara uma coleção com um tecido 100% poliéster cuja aparência é idêntica ao do couro. Com o material, importado da Itália, Raquel desenhou vestidos e jaquetas. Um tecido feito da mistura do algodão com fios de metal, chamado de "natural memory", é outra aposta da grife, que também investiu em uma sarja, feita pela Vicunha, que recebe um tratamento para ficar com aparência emborrachada. "Meus clientes estão abertos às novidades e são muito curiosos."

Mas desenvolver um novo fio, com propriedades específicas, não é nada simples - nem barato. A Rhodia, por exemplo, leva entre três e quatro anos, a um custo que pode variar dos R$ 5 milhões aos R$ 10 milhões, para chegar a um novo produto. E, antes de tudo, é necessário muito estudo para tentar prever o comportamento do consumidor no futuro. A Rhodia mantém cinco centros de pesquisa no mundo - sendo um deles no Brasil.

Entre as tendências que mais crescem, no Brasil e no mundo, estão os fios com proteção contra a radiação solar. "Somente entre 2009 e 2010, a demanda cresceu 120%", diz Elizabeth Haidar, gerente de marketing da Rhodia Fibras. A aposta do momento da Rhodia é o Emana, fio criado no Brasil. O produto, que já foi adquirido pelas tecelagens e entrou no varejo no ano passado, tem como propriedade fundamental, segundo a Rhodia, "emanar raios infravermelhos longos, que ajudam a reduzir a celulite e a fadiga muscular - desde que fique em contato com o corpo por, no mínimo, seis horas". O fio tem alcançado vendas da ordem de 50 toneladas, por mês. "Ele foi pensado para roupas esportivas e íntimas, mas deverá chegar também aos tecidos para roupas casuais", diz Elizabeth. Atualmente, o tecido feito com o fio leva 70% de Emana e 30% de elastano, na composição.

Entre as marcas que utilizam o Emana em suas peças estão Lupo, Scala, Valisere, Plié, Darling, Bio Forma e Body Plus. "Mas estão em estudo outras composições, para desenvolver tecidos diferentes, mas que mantenham as propriedades do fio."

Paula Cimino, gerente da TexPrima, diz que atualmente, cada coleção da empresa "possui mais de 200 produtos, entre tecidos feitos com fibras naturais, sintéticas ou com a mistura das duas." A empresa é um birô de criação, que desenvolve tecidos especiais no Brasil, faz a produção no exterior e os importa para comercializar no mercado brasileiro. A escolha do tipo de tecido, diz Paula, vai depender do desejo do estilista no momento. "Samuel Cirnansck, um dos nossos clientes, compra seda, mas também compra tecido sintético."

A poliamida, mais conhecida como náilon, é um dos carros-chefes da Rhodia Fibras. O tecido feito com a microfibra de poliamida seca rápido e amassa pouco, dispensando o uso do ferro de passar. "Isso tem tudo a ver com o futuro, onde as pessoas estão valorizando os artigos funcionais, para poder colocar o foco nos valores humanos fundamentais. A simplicidade é o novo luxo", diz Elizabeth, da Rhodia.

Para Nina Almeida Braga, do Instituto-E, fundado pelo empresário e estilista Oskar Metsavaht, da Osklen, o uso da fibra sintética tem suas vantagens, pois "não leva ao esgotamento do ambiente". "A cultura do algodão usa 25% dos agrotóxicos do mundo e faz adoecer cerca de 300 mil trabalhadores, por ano", diz Nina. O ideal seria aumentar a produção de algodão orgânico, mas essa fibra custa 60% mais do que o algodão tradicional. As peças de algodão da Osklen, diz Nina, levam 5% de algodão orgânico - percentual que deve aumentar. A grife também utiliza outros E-Fabrics, como são chamados os tecidos certificados pelo instituto, cuja produção respeita o ambiente, a cultura local e estão de acordo com as leis trabalhistas.

Na coleção de inverno 2012, apresentada durante o SPFW, a grife utilizou tecidos naturais e sintéticos, como lã, veludo de seda, chamois, pele sintética, neoprene, organza de seda, moletom e os E-Fabrics: couro de salmão, couro de pirarucu, tricô e gorgorão de seda ecológica.

Fonte: textileindustry.ning.com

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

19/01– Antenas embutidas no vestuário

O diretor do Laboratório de Eletro Ciência da Universidade Estadual de Ohio está tentando eliminar a necessidade de hardware de telefone celular como o fone de ouvido Bluetooth, fabricando dispositivos de comunicação com algo que a maioria dos países exige que as pessoas usem o tempo todo: roupas.

"Você não vai precisar segurar o celular junto do ouvido", diz o doutor Volakis, que é engenheiro elétrico. "Vamos eliminar tudo isso. Fará parte da vestimenta."

Divulgação/Ohio State University

Projeto de roupas com antenas embutidas

Projeto de roupas com antenas embutidas

Seu trabalho se inclui em uma ampla iniciativa tecnológica para fabricar "têxteis inteligentes": isto é, tecidos com eletrônica embutida, capazes de coletar, armazenar, enviar e receber informação.

Roupas-antenas poderão oferecer comunicação sigilosa para soldados, monitoramento sem fio para doentes e uma recepção muito melhor, simplesmente falando junto do colarinho.

Ainda vai demorar um ano para que o doutor Volakis e sua equipe desenvolvam roupas-antenas para civis, mas seu laboratório colocou antenas em um colete à prova de balas do Exército americano no último verão.

O colete, com um painel de antena quadrado embutido na frente e três nas costas, é como "ter mais pares de olhos ou ouvidos", disse Chi-Chih Chen, o engenheiro elétrico que liderou o projeto.

As antenas normais perdem recepção quando são bloqueadas por um corpo humano, e as incômodas antenas usadas pelos soldados não conseguem capturar sinais vindos do alto. A comunicação é limitada quando uma antena fica na horizontal, como quando os soldados rastejam.

"É aí que uma antena usável no corpo será eficaz", disse Steve Goodall, chefe de tecnologia e análise de antenas para o departamento de comunicações e pesquisa, desenvolvimento e engenharia eletrônica do exército americano. "Você pode desdobrar as antenas para cobrir uma área maior."

O doutor Chen está trabalhando com a Applied EM, uma empresa de pesquisa e desenvolvimento de antenas na Virgínia, para comercializar a tecnologia. O presidente da empresa, C.J. Reddy, disse que cada unidade será vendida a partir de US$ 1 mil, mas o preço deverá cair conforme aumentar a produção.

Equipamentos de comunicação "vestíveis" datam de pelo menos o final dos anos 1990, quando uma equipe do Instituto de Tecnologia da Geórgia desenvolveu a Placa-mãe Usável, uma camiseta eletrônica sem antenas, mas com diversas portas de entrada e saída - incluindo um termômetro, um microfone, monitor de oxigênio no sangue e fones de ouvido - para ajudar a monitorar a saúde dos soldados.

O doutor Volakis está trabalhando para desenvolver um avental hospitalar com antena, capaz de transmitir dados como batimentos cardíacos para um computador de um profissional de saúde. Esse monitoramento sem fio também poderá ajudar doentes e idosos que ficam em casa.

Um avental-antena precisa ser maleável, por isso deve ser feito de fios que não apenas conduzam eletricidade, mas que também sejam macios e laváveis. A equipe de Volakis está experimentando materiais de alta tecnologia como nanotubos de carbono e grafeno, para tentar preencher esses requisitos e diz que os tecidos inteligentes poderão melhorar a vida de qualquer pessoa que deseje um sinal mais forte de telefone celular.

Fonte: http://textileindustry.ning.com

domingo, 2 de outubro de 2011

02/10 - O mercado de cosmetotêxteis deve crescer rapidamente

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O mercado de cosmetotêxteis, ou skincare wearable, deverá crescer rapidamente, de acordo com um relatório publicado na última edição dos Mercados Performance Apparel. Embora ainda recente, o mercado tem um potencial interessante e deixa a indústria têxtil otimista na expectativa que a evolução técnica vai abrir novos mercados e criar outras oportunidades de negócios. Alguns estimam que o mercado de cosmetotêxteis valerá 500 milhões de Euros – cerca de 717 milhões de dólares – em 2013.

Cosmetotêxteis representam uma inovação significativa tanto para a indústria cosmética como para a indústria têxtil. É uma forma de aumentar o valor agregado, enquanto os consumidores satisfazem a crescente demanda de beleza e produtos anti-envelhecimento. Este mercado combina bem-estar com atributos de vestuário, como conforto, respirabilidade e estética.

O mercado de cosmetotêxteis tem se expandido muito nos últimos anos para abranger uma vasta gama de peças que são projetadas para atrair os consumidores conscientes da saúde. Fabricantes afirmam que seus produtos podem reduzir a celulite, hidratar a pele, resfriar o corpo ou até mesmo suprir a carência de vitaminas.

Nos primeiros anos, os fabricantes enfrentaram uma série de desafios tecnológicos que foram largamente ultrapassados graças aos avanços da microencapsulação. Esses avanços abriram novas oportunidades para melhorar o desempenho dos cosmetotêxteis.

É certo que alguns consumidores continuam céticos quanto ao conceito de combinar cosméticos e têxteis, mas o mercado está confiante que eles mudarão de opinião em breve com o crescimento dos produtos oferecidos e a comprovação da sua eficácia. Além disso, a crença no conceito de cosmetotêxteis é suscetível de ser reforçada pelo progressivo envolvimento de empresas de alto perfil de indústrias de cosméticos, bem como algumas de vestuário – incluindo fornecedores de sportswear importantes, como Nike e Adidas.

Fonte: www.textilesintelligence.com

quarta-feira, 8 de junho de 2011

08/06 – Ciência na Industria Têxtil e de Confecção

Criadores da indústria têxtil estão tentando transformar a arte da moda em ciência pura. A química orgânica, a nanotecnologia, a termoeletricidade e a própria moda estão contribuindo para que, no futuro, as roupas possam gerar eletricidade, limpar o ar e até proteger a saúde dos seres humanos. Confira uma lista dessas roupas que, em alguns casos, continuam estilosas:

Roupa à prova de fogo

Feito de uma fibra especial, o macacão criado pela companhia Lamination Technologies, nos Estados Unidos, resiste à temperatura de 982 ºC. O modelo com somente uma camada de tecido protege o usuário de queimaduras sérias por cerca de 7 segundos. Se ele optar por usar o de duas camadas, vai estar protegido do fogo por 12 segundos. Assista abaixo ao vídeo em que um boneco testa a roupa especial:

Roupa resistente ao fogo

 

Casaco à prova de água e de raios UV
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Roupa impermeável não é novidade. Mas pesquisadores da Northeast Normal University, na China, inventaram a jaqueta que, além de bloquear a água, protege também sua pele dos raios ultravioleta. A base de algodão revestida com óxido de zinco dá à roupa esta capacidade, e o silicone sobre os revestimentos a torna impermeável.

Conversão de ondas sonoras em energia
Alunos da American University of Sharjah, nos Emirados Árabes, estão tentando criar eletricidade a partir de muito barulho. A investida é nos materiais piezoelétricos, que geram tensão quando neles é aplicada uma pressão. O som, especialmente em ambientes barulhentos, pode induzir pressão suficiente para criar uma pequena voltagem, capaz de carregar um celular, por exemplo. Segundo os alunos, quando pronto, esse gadget pode ser incorporado em roupas ou sapatos.

Sapato elétrico
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Pesquisadores da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, estão trabalhando em uma bota que, com o andar do usuário, pode produzir até 1 watt de potência. O gerador (foto acima) tem tamanho de apenas 10 cm e é feito a partir de elastômeros dielétricos, materiais elásticos capazes de gerar eletricidade quando são esticados. O seu custo de fabricação é de apenas US$ 3,70.

Roupa movida a calor humano

Denominado de The Solar Soldier (o soldado solar, em tradução livre), o conceito se baseia em uma roupa com propriedades termoelétricas e fotovoltaicas para gerar energia. Os criadores, que são do Reino Unido, afirmaram que o sistema pode fornecer energia continuamente para rádios, GPS e armas, por exemplo, mas pesando metade do que pesam as baterias tradicionais. E adivinhem o que o alimenta? Calor humano e energia solar.

Calças purificadoras

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A designer britânica Helen Storey tem trazido a ciência para a moda com a ajuda de sua irmã, que é cientista. Em outubro de 2010, ela lançou um vestido cujo desenho lembra os tubos bronquiais do corpo humano. O objetivo era ilustrar que as roupas podem também eliminar os poluentes do ar. Neste ano, Helen apostou nos jeans, aos quais foram incorporadas propriedades catalíticas que também ajudam a purificar o ar.

Moda autolimpante

Não seria ótimo se as roupas se limpassem sozinhas? Pesquisadores australianos estão cuidando disso. Fibras naturais, como lã, seda e linho, foram revestidas com nanopartículas de dióxido de titânio – usado normalmente em pinturas e nos protetores solares. Quando as manchas são expostas à luz solar, o elemento decompõe a matéria orgânica e deixa o tecido intacto.

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Uniformes de games
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A Philips está criando um tecido flexível preenchido com LED’s, que será lançado no fim do ano. Segundo os criadores, a camiseta pode ser vendida a US$ 100. Os símbolos não parecem personagens do Super Mario Bros.?

FONTE: Galileu

quinta-feira, 10 de março de 2011

10/03 –Tecidos sensíveis ao toque na Nano Tech 2011 Japão

A organização japonesa Integrated Microsystems Research Center, da Advanced Industrial Science and Technology (AIST) demonstrou um sensor sensível ao toque de grande área integrado a um considerável pedaço de tecido. Durante a exposição Nano Tech 2011, a AIST mostrou um grande tecido com um teclado QWERTY sensível ao toque embutido, permitindo digitação.

Tecido sensível ao toque

Um revestimento especial foi usado para criar uma camada contínua de polímeros condutores orgânicos em fibras de nylon. Uma máquina, em seguida, tece as fibras em uma grande folha de cerca de 1,2 metros. A folha mede a capacidade estática entre a folha e os dedos do usuário, assim como acontece nas telas de muitos smartphones. A AIST desenvolveu uma tecnologia que lhes permite revestir fibras de nylon de 1 mícron de diâmetro com uma camada orgânica condutiva de mesma espessura. Em cima destes está uma camada não condutora.
A esperança é fazer com que itens de vestimenta possam conduzir informações sobre quem veste. A primeira aplicação pode ser na área da saúde, inicialmente para lençóis. Quando um paciente cai da cama ou sente alguma dor forte, o lençol poderá comunicar o fato aos enfermeiros. Em reabilitações, a tecnologia poderá ajudar as pessoas a aprenderem a andar novamente.
Ainda não há informações sobre quando a novidade será aplicada em produtos comerciais.

Demonstração do sensor de tecidos…

Fonte: www.hardware.com.br

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

17/02 – Palmilha promete acabar com o “chulé”!

Uma nova palmilha de calçado, está sendo desenvolvida para acabar com um probleminha nada agradável: o chulé.

Uma boa notícia pra quem enfrenta este infortúnio e já não aguenta mais o uso dos talcos e promessas: um novo produto da empresa Dublauto promete acabar com o mau cheiro nos pés utilizando nanotecnologia.

A empresa que já possui unidades de estudos em duas cidades brasileiras nos Estados do Rio Grande do Sul e São Paulo, está desenvolvendo um componentes para calçados e têxteis que utilizam algo batizado como tecnologia das partículas anãs”, feito para acabar com estes probleminhas diários.

De acordo com projeto componentes internos dos calçados , como palmilhas, passarão a fazer uso de uma tecnologia capaz de absorver o impacto das pisadas, além de manter os pés sempre secos e arejados com uma temperatura adequada, acabando tanto com o desconforto, quanto com qualquer vestígio mau cheiroso.

Constituída de três camadas montadas em uma estrutura única, a “Sequinha”, possui incorporada em seu material uma espécie de tratamento nanotecnológico antimicrobiano, que previne o mau cheiro e até algumas doenças, como o pé-de-atleta. Enquanto isso, o forro Dry Soft, se encarrega da função de absorver todo o suor dos pés.

Quer mais? Além de exterminar com o mau-cheiro, o material da palmilha libera microcápsulas com fragrância continuamente, conforme o atrito natural de uma caminhada, deixando os pés cheirosos e hidratado, auxiliando na cicatrização de pequenas fissuras, na regeneração das células e na ativação da circulação sanguínea.

Fonte: http://www.lazertecnologia.com/

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

19/01 - Designer projeta roupa que libera perfume

Britânica usa nanotecnologia para pesquisar tecido que libera perfumes de acordo com o humor do usuário.
A artista plástica e designer britânica Jenny Tillotson planeja usar novas tecnologias para deixar o mundo mais cheiroso. Ela tem um projeto chamado Smart Skin Dress, para desenvolver tecidos que liberariam perfumes de acordo com o humor do usuário. De acordo com o fabricante, isso seria possível por meio do uso de um sistema patenteado como “Scentsory Technology”. A técnica, que reúne microchips, nanotecnologia e química, funcionaria com uma espécie de “nariz eletrônico”, sensível a informações do organismo como respiração e batimentos cardíacos. A ideia é que o aparelho, assim que detectar sinais do organismo interpretados como tristeza, faça a roupa soltar algum perfume para animar a pessoa. Fragrâncias especiais seriam colocadas para cada um dos estados de humor. Para representar essa união entre o acessório e o ser humano, o design do spray é um coração, enquanto os microtubos representariam as veias e artérias do corpo da pessoa. Segundo o site do projeto (http://www.smartsecondskin.com), o Smart Skin Dress poderia liberar vários tipos de perfume e até feromônios.

Apesar de não ter previsão de lançamento, o Smart Second Skin não está só no campo das ideias. Além do projeto ser liderado pela Dra. Jenny Tillotson, que faz parte de um instituto de nanotecnologia no Reino Unido e é associada ao Instituto Britânico de Perfumaria, ele tem como parceiros os pesquisadores Richard Axel e Linda B. Buck, vencedores do Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 2004, por suas descobertas relacionadas ao olfato humano. Entre os outros contribuidores estão químicos, designers e especialistas em nanotecnologia e acupuntura. Se a ideia vingar, as roupas, jóias e acessórios do futuro poderão ser quase "vivos", interagindo com a pele e os sensores humanos. Neste caso, poderia eventualmente substituir o perfume tradicional, de frasco.
Fonte: Redação Revista Galileu
Até mais.
Sandro F. Voltolini

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

14/01 - Roupas antienvelhecimento e que liberam particulas hidratantes são apresentadas no Fashion Rio 2010

Imagine dormir com um pijama ou camisola que solta partículas de Vitamina A, E, F, de aloe vera e jojoba? Sim, isso é possível com o lançamento da La Chatte Eco Fun, empresa do polo de moda de Nova Friburgo, do Rio de Janeiro, que mostra sua coleção no Rio-à-Porter, bolsa de negócios ligada ao Fahion Rio. As peças - calças saruel, shorts boyfrend, camisolas e camisetes - chegarão ao público custando entre R$40 e R$90.
Os produtos são feitos com tecido de fibra de bambu e linho, trabalhados com nanotecnologia, que libera ínfimas partículas das substâncias citadas. As nanopartículas penetram na pele durante o uso da roupa. Lembrando: aloe vera tem efeito calmante, e jojoba, hidratante, sem contar os benefícios antienvelhecimento das vitaminas.
Segundo o consultor de marketing da La Chatte, Fabio Mesquita, as nonopartículas permanecem no tecido por cerca de um ano ou mais, dependendo do número de lavagens.

Fonte: Terra e Correio do Brasil

Os avanços da nanotecnologia aos poucos vão tomando as ruas e facilitando nossas vidas.

Grande abraço a todos.
Sandro F. Voltolini

sexta-feira, 27 de março de 2009

27/03 - Monitor da saúde ultrafino e flexível pode ser embutido na roupa

Roupas Inteligentes
O instituto de microeletrônica 'Imec', da Bélgica, desenvolveu uma técnica para a construção de equipamentos eletrônicos flexíveis que permite a integração dos circuitos em uma plataforma 3D com apenas 60 micrômetros de espessura.
Batizada de UTCP (Ultra-Thin Chip Package), a tecnologia permite a integração de sistemas completos em um substrato flexível de baixo custo, abrindo o caminho para a fabricação em escala industrial de sistemas de monitoramento da saúde e de equipamentos eletrônicos incorporados em roupas, mochilas e até pulseiras.

Circuitos flexíveis
Para a integração do circuito, o chip é inicialmente fabricado com uma espessura máxima de 25 micrômetros e depois incorporado em um invólucro flexível ultrafino. A seguir, o invólucro é incorporado em uma placa de circuito impresso tradicional de duas camadas. Depois de pronta, a placa de circuito impresso pode receber as conexões e demais componentes eletrônicos necessários a cada aplicação.
Os engenheiros belgas resolveram um conhecido problema dos circuitos ultrafinos, cuja espessura impede o teste de seu funcionamento depois que eles são fabricados. A solução passou pelo redimensionamento dos contatos dos chips ultrafinos, que agora adaptam-se às placas de circuito impresso flexíveis já disponíveis comercialmente.

Monitoramento da saúde
O circuito de demonstração, visto na foto, ainda utiliza os conectores tradicionais, mas um circuito definitivo deverá dispensá-los totalmente, mantendo a espessura máxima exigida pela montagem dos chips (60 micrômetros), que são mais finos do que os pontos de solda de um circuito atual.
Este circuito de demonstração é um sistema completo de monitoramento da saúde, monitorando os batimentos cardíacos e gerando um eletrocardiograma em tempo real, similar aos exames gerados pelos aparelhos médicos. O aparelho também monitora a atividade muscular, gerando um exame conhecido como eletromiograma. Todos os resultados são enviados continuamente para um computador externo por meio de uma conexão de rede sem fios.
Fonte: 'Site Inovação Tecnológica'
Bom fim de semana a todos os amigos!
Abraços.
Sandro F. Voltolini

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

19/02 - Penas de galinha vão virar roupas biodegradáveis

Travesseiros de pena de ganso são confortáveis e quentes. Já as camisas de linho amassam bastante, embora inegavelmente sejam confortáveis e muito elegantes. Mas como será uma camisa de pena de galinha, ou uma calça de palha de arroz?
Tecidos verdes
A depender de pesquisadores da Austrália, logo será possível testar por você mesmo estas e outras opções de "tecidos verdes," que poderão vir em qualquer cor, já que o verde se refere a uma nova classe de tecidos ambientalmente corretos, feitos a partir de rejeitos agrícolas.
Anualmente são fabricadas quase 40 milhões de toneladas de roupas sintéticas em todo o mundo. Por sintéticas, entenda-se a partir do petróleo e de seus derivados.
Agora, três pesquisadores do Instituto CSIRO reuniram todos os últimos avanços na química e na nanotecnologia que podem servir de base para a fabricação de materiais ambientalmente corretos, elaborando um arsenal de novas tecnologias que prometem dar um um novo impulso à produção de fibras naturais para a fabricação de tecidos e roupas.
Biofibras
O uso de biofibras produzidas a partir de materiais naturais, como subproduto ou a partir de rejeitos de materiais da agroindústria, teve grande atenção nos anos 1950. O advento das fibras sintéticas, contudo, fabricadas a partir do petróleo, destruiu esses esforços iniciais.
A crescente preocupação com o meio ambiente tem aumentado muito a procura por produtos ambientalmente corretos, o que pode ser suficiente, segundo os pesquisadores, para fazer renascer essa indústria.
Isto graças ao enorme auxílio dos avanços científicos que, nos anos recentes, resultaram em novas técnicas que permitem a utilização desses materiais para a fabricação de roupas que poderão equivaler em conforto e comodidade aos tecidos atuais.
Roupas biodegradáveis
As fontes mais promissoras de materiais para a produção de fibras ambientalmente corretas, segundo os pesquisadores, incluem a queratina das penas de galinhas e o glúten do trigo.Segundo eles, os avanços na nanotecnologia e nas ligações químicas cruzadas poderão melhorar a resistência e a biodegradabilidade desses tecidos, abrindo caminho para a produção não apenas de roupas biodegradáveis, como também de mobiliários e outros utensílios domésticos.

Fonte: Site Inovação Tecnológica

Valeu pessoal... retornando....

Um grande abraço a todos.

Sandro F. Voltolini

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

20/11 - Nanotec 2008: empresas e faculdades juntas pela inovação

Em sua quarta edição, a Nanotec Expo 2008, realizada nos dias 12 a 14 de novembro, no Centro de Eventos Imigrantes, em São Paulo, reuniu empresários, pesquisadores, representantes acadêmicos, governamentais, entidades de classe e mídia nacional, todos com as atenções voltadas à Feira e ao Congresso Internacional de nanotecnologia.
No Congresso, sob a coordenação de Sylvio Nápoli, gerente de infra-estrutura e capacitação tecnológica da ABIT, no primeiro dia do evento as empresas Coteminas, Rhodia e Cedro Cachoeira falaram de alguns de seus produtos desenvolvidos com a aplicação da nanotecnologia. Depois, foi a vez das universidades apresentarem as novidades para a indústria têxtil. Já no dia 13, Fernando Pimentel, diretor-superintendente da Associação, participou da apresentação do seminário “Inovação tecnológica e a política de desenvolvimento produtivo como estratégia para elevar a competitividade das indústrias brasileiras”.
Nos lounges da Feira, a Unicamp expôs projeto que contemplava a aplicação de nanopartículas de prata para efeito bactericida. Por sua vez, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRS) apresentou projetos de desenvolvimento de fibras têxteis com revestimento em partículas de cerâmica, substratos metálicos, polímeros e compósitos nano-estruturados, que resultam em materiais resistentes à abrasão, chama e corrosão, além de absorverem raios UV e serem repelentes a água e manchas.
Atualmente, a nanotecnologia movimenta no comércio internacional cerca de US$ 147 bilhões por ano, com aproximadamente 500 produtos já certificados, devendo chegar a US$ US$ 3,1 trilhões em 2015 (de acordo com pesquisa publicada pela Lux Research, de Nova Iorque). Enquanto o governo americano investe bilhões de dólares por ano incentivando pesquisas nesta área, o Brasil investiu 150 milhões de reais em seis anos (de 2001 a 2007), cerca de 25 milhões anuais.
“A Indústria Têxtil e de Confecção nacional tem plena capacidade de desenvolver tecnologias a partir da escala nano. Temos bons pesquisadores espalhados por várias universidades renomadas de nosso País. O que falta é o incentivo e a proximidade com as empresas e é este um dos propósitos da Nanotec. Nos processos de financiamento há muito a ser melhorado, mas acredito que a nova Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), anunciada pelo governo recentemente, deve melhorar a situação, pois está previsto investimento em inovação”, disse Fernando Pimentel.

Fonte: ABIT

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

13/10 - Caldeiras mais eficientes graças à nanotecnologia

Caldeiras para aquecer líquidos estão entre os equipamentos mais comuns na indústria, sendo essenciais para fabricação dos mais variados produtos e bens intermediários. E, justamente por sua utilidade, elas estão entre os maiores responsáveis pelas altas contas de energia que a indústria tem que pagar todos os meses.
Cortar pela metade essa conta de energia agora é uma possibilidade concreta, graças a uma camada invisível de nanomateriais, criada por pesquisadores do Instituto Politécnico Rensselaser, dos Estados Unidos.
Fervura mais rápida
Aplicada na forma de um revestimento na parte inferior da caldeira, essa nanocamada reduz pela metade a energia necessária para fazer a água ferver facilitando a troca térmica entre a fonte de calor e o líquido a ser aquecido.
E não será essa a única aplicação do novo nanomaterial: ao permitir maior eficiência na transferência de energia térmica, a solução poderá ser igualmente útil para o resfriamento de chips de computador, para o aumento da eficiência de
sistemas de ar-condicionado e de qualquer outra aplicação onde a transferência de calor é importante.
Microcavidades e nucleação
Para que a água ferva é necessário uma interface entre a água e o ar. Em uma panela, por exemplo, existem duas interfaces desse tipo: a primeira está na superfície da água, onde ela entra em contato com o ar ambiente; e a segunda está na base interna da panela, onde a água entra em contato com minúsculas porções de ar presas na textura e nas imperfeições do fundo da panela.
Ainda que a maior parte da água da panela atinja 100º C, ela não consegue ferver por estar circundada por outras moléculas de água, inexistindo a interface com o ar necessária à mudança de fase - a passagem do estado líquido para o gasoso.
Já as bolhas de ar que sobem até a superfície da água são formadas quando o ar é aprisionado em uma cavidade em microescala sobre a superfície da panela. Em um processo chamado nucleação, essas bolhas são forçadas para cima pela pressão do vapor. Assim que as bolhas saem dessa microcavidade, a água inunda o local onde elas estavam, impedindo qualquer nova nucleação naquele
ponto específico.
As bolhas são essenciais na fervura
O que os cientistas descobriram é que uma camada feita com nanobastões de cobre funciona como um depósito de nanobolhas para as microcavidades, evitando que elas sejam inundadas com água. Esse efeito produz um processo estável de nucleação das bolhas, que surgem em dimensões menores, mas em quantidade muito maior e de forma mais constante.
"Nós observamos um incremento de 30 vezes na densidade local de nucleação ativa das bolhas - um nome pomposo para o número de bolhas criadas - sobre a superfície tratada com nanobastões de cobre, em relação à superfície não-tratada," diz o pesquisador Nikhil Koratkar.
Caldeiras que consomem menos energia
A fervura é, em última instância, um processo de transferência de calor, que transfere energia da fonte de calor para a base de um recipiente e daí para o líquido que o recipiente contém. Ao ferver, o líquido se transforma em vapor, cuja energia - o calor - é eventualmente liberado na atmosfera.
A nova descoberta permite que esse processo se torne muito mais eficiente, o que poderá se traduzir em ganhos consideráveis de eficiência e economia de custos, podendo ser incorporado em uma enorme gama de equipamentos industriais que usam calor para criar vapor ou simplesmente para aquecer líquidos. "Se você consegue ferver a água usando 30 vezes menos energia, será 30 vezes menos energia que você terá que pagar," diz Koratkar.
Fonte: Inovação Tecnológica
Sucesso à todos
Sandro F. Voltolini

terça-feira, 30 de setembro de 2008

30/09- A aplicação da Nanotecnologia em têxteis

Nano é uma designação de comprimento, de tamanho. Uma coisa “nano” mede um bilionésimo de metro. Um bilionésimo de metro chama-se "nanômetro", da mesma forma que um milésimo de metro chama-se "milímetro". "Nano" é um prefixo que vem do grego antigo e significa "anão". A nanotecnologia foi desenvolvida para criar e manipular partículas menores que átomos e moléculas. Ela surgiu em 1959, ano em que no dia 29 de dezembro, no CalTech, Califórnia, o físico Richard Feynman proferiu, na Reunião Anual da American Physical Society, a palestra "There's plenty of room at the bottom" ("Há mais espaços lá embaixo"). Feynman anunciava ser possível condensar, na cabeça de um alfinete, as páginas dos 24 volumes da Enciclopédia Britânica para, desse modo, afirmar que muitas descobertas se fariam com a fabricação de materiais em escala atômica e molecular. Contudo, só nos anos 80 o visionarismo de Feynman começou a encontrar condições de apoio econômico e de investimento científico e tecnológico para começar a tornar-se realidade. Inicialmente, os produtos nano foram desenvolvidos para aumentar a capacidade de armazenamento dos computadores e reduzir seu tamanho, aumentar a eficácia de remédios, criar materiais mais leves e mais resistentes, entre outros.
Mas a indústria têxtil também resolveu se beneficiar da nanotecnologia.
A aplicação da nanotecnologia na indústria têxtil ainda é muito recente. Fóruns mundiais ainda são realizados para esclarecer entre os próprios produtores as finalidades deste tipo de tecnologia e a forma que ela é aplicada. A nanotecnologia (ou qualquer outra tecnologia criada) não diz respeito apenas à mecânica e à informática. Nos têxteis a nanotecnologia serve para dar novas características a fibras, fios e tecidos. Talvez alguma fibra nano seja desenvolvida, mas isto ainda não foi discutido.
Então, de que forma a nanotecnologia atua na indústria têxtil? Através de materiais nano, muitíssimo pequenos, os fabricantes podem conferir novas propriedades aos tecidos dando, assim, uma nova funcionalidade a eles. A nanotecnologia permite que os tecidos tenham características especiais como antibactericida a base de prata, minúsculas cápsulas de agentes hidratantes, desodorizantes, repelentes de insectos e anti-tabaco. E isto para citar apenas alguns exemplos. Sem a nanotecnologia não seria possível tais aplicações pois elas ficam entre as fibras dos tecidos. Em escala maior, se partículas maiores de prata (que é anti-bactericida e anti-microbiana) fossem aplicadas aos tecidos acabariam influenciando a textura e o toque do tecido, deixando-o áspero. Vira e mexe e a tecnologia busca inspiração ou comparações com a natureza. Recentemente cientistas, ao analisar um pequeno lagarto chamado geco, ficaram surpresos com sua capacidade de aderir a lugares com apenas um dedo. Eles descobriram que este feito era possível por causa de pêlos microscópicos elásticos que o lagarto possui nos dedos e patas. A partir desta informação desenvolveram pêlos sintéticos a partir de nanotubos de carbono que possuem força de adesão 200 vezes maiores até do que as lagarto geco. Outra descoberta partiu da observação da superfície da amora e da flor de lotus. Criando partículas com a mesma superfície rugosa os cientistas puderam desenvolver tecidos “hidrofóbicos” ou que repelem água.

A nanotecnologia ainda caminha a passos lentos por causa de um único fator: dinheiro. Além de precisar de um grande investimento financeiro para realizar as pesquisas, os produtos até agora desenvolvidos custam muito caro, sendo assim inacessíveis ao grande público. E é um círculo vicioso: quanto mais um produto é adquirido mais barato ele fica. E, para ser adquirido, ele precisa ser barato. A nanotecnologia tem contado com investimentos privados ao redor do mundo. Aqui no Brasil a Embrapa tem feito o papel de desenvolvedora da nanotecnologia. No entanto a maior barreira tem sido convencer os consumidores da utilidade de tais produtos.
Fonte: Revista Sintética

Sucesso à todos.

Sandro F. Voltolini

terça-feira, 23 de setembro de 2008

23/09 - Tecnologia invisível promete surpreender visitantes na NANOTEC 2008

As mais recentes descobertas da Nanotecnologia serão exibidas na 4ª Feira e Congresso Internacional de Nanotecnologia (Nanotec 2008), programada para acontecer de 12 a 14 de novembro, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo (SP). O evento vai demonstrar o poder incrível das novas estruturas de átomos que podem alterar e aumentar a eficiência de uma série de produtos. A Promove Feiras, juntamente com as entidades co-promotoras Fiesp, Abimaq, Abinee, Abiplast, Abiquim, Abit e Sindipeças, estimam receber sete mil visitantes entre representantes da indústria brasileira e da América Latina, além de pesquisadores, representantes acadêmicos, governamentais e entidades de classe. Este ano, o foco do evento está baseado em três pontos: econômico, estratégico e tecnológico. Serão apresentadas as oportunidades que a nanotecnologia gera, quais estratégias para se tornar mais competitivo no mercado e quais as novidades tecnológicas disponíveis tanto no Brasil como lá fora. “Temos que aproximar a iniciativa privada da comunidade científica. Só assim seremos competitivos o bastante para usufruir de todos os benefícios da nanotecnologia”, ressaltou o idealizador e diretor da Promove Eventos, Ronaldo Marchese.
A Nanotec Expo 2008 coloca-se como a principal vitrine latino americana de nanotecnologias e o mais importante evento de tecnologia e negócios voltado para as comunidades científicas e empresariais.Os mais avançados centros de P&D, as mais destacadas universidades e inúmeras empresas estarão expondo na Nanotec Expo 2008 projetos, produtos e soluções nanotecnológicas em diversas áreas (B2B), com ênfase especial para os setores industriais co-promotores do evento :
· Químico;
· Plástico;
· Eletro-Eletrônico;
· Têxteis;
· Autopeças.
No setor têxtil, as nanopartículas que aumentam a qualidade e a durabilidade dos produtos já são aplicadas com êxito em lençóis, uniformes hospitalares, aventais, luvas, roupas íntimas e as esportivas, que necessitam de alta performance. Atualmente, mais de 500 produtos de consumo já incorporam algum tipo de benefício nano, utilizando nanopartículas ou algum outro nanocompósito. Em 2007, o mercado de produtos "nano" movimentou mais de US$ 88 bilhões somente nos Estados Unidos. As projeções para 2014 indicam que o mercado mundial dos produtos com algum tipo de nanotecnologia incorporado atingirá US$ 2,6 trilhões, cerca de 15% do mercado global.
Simultaneamente à feira será realizado o Congresso Nanotec 2008, abordando diversos aspectos da nanotecnologia de forma pragmática e centrada nas principais questões que afetam a realidade empresarial. As conferências, palestras e painéis serão apresentados por renomados cientistas, pesquisadores, empresários e especialistas nacionais e internacionais.
Se você quer saber mais sobre essa fantástica tecnologia, considerada por especialistas como a 5ª Revolução Industrial, não deixe de visitar a feira.
Mais informações podem se obtidas no site: www.nanotecexpo.com.br
Sucesso a todos!!!
Sandro F. Voltolini